Por Sijia Jiang
HONG KONG (Reuters) - A China vai conceder licenças para as operadoras virtuais de telecomunicações, inclusive para as que têm investimento estrangeiro, em uma medida destinada a abrir o mercado que atualmente é dominado pelas estatais China Mobile, China Unicom e China Telecom.
Essas operadoras não são proprietárias das redes que usam para fornecer serviços de comunicações, mas em vez disso arrendam a capacidade de operadoras convencionais, normalmente pagando a elas um percentual da receita, bem como tarifas.
O Ministério da Indústria e da Tecnologia da Informação da China divulgou nesta quarta-feira um esboço de aviso sobre a aprovação da revenda de serviços de telecomunicações, após ter introduzido programas piloto pela primeira vez em maio de 2013.
Companhias com investimento estrangeiro, assim como as privadas e as estatais, serão elegíveis para aplicar à licença, de acordo com a proposta do governo, que se tornará efetiva após um mês de consultas públicas.
Não haverá limite para o número de licenças emitidas, disse a agência estatal Xinhua, citando Chen Jiachun, funcionário graduado do ministério.
Até o fim de 2017, os programas-piloto atraíram 3,2 bilhões de iuanes (502,04 milhões de dólares) de investimentos de 42 empresas privadas. Os números de usuários totalizaram 60 milhões, ou 4 por cento da população de usuários da China, de acordo com a Xinhua.
A China vem lentamente abrindo seu mercado de telecomunicações.
No ano passado, o país asiático introduziu uma mudança na propriedade da China Unicom, com captação de 12 bilhões de dólares, que na terça-feira propôs nomear representantes de companhias chinesas de tecnologia - Tencent Holdings, Alibaba Group, Baidu (NASDAQ:BIDU) e JD.com - como membros do conselho expandido após os investimentos.
(1 dólar = 6,3740 iuanes)
(Por Sijia Jiang)