Por Steve Scherer
OTTAWA (Reuters) - O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que está atrás nas pesquisas de opinião, criticou seu principal adversário nesta segunda-feira por tergiversar sobre questões como controle de armas de fogo e obrigatoriedade das vacinas, enquanto sua campanha entra na reta final das eleições de 20 de setembro.
O líder conservador Erin O'Toole descartou no domingo uma promessa de campanha para eliminar uma proibição a alguns tipos de armas de ataque, uma questão controversa no Canadá após a ocorrência de alguns atentados nos últimos anos. Trudeau buscou capitalizar em cima da mudança de seu adversário com duas semanas para reverter o resultado esperado.
O'Toole "vai dizer qualquer coisa para tentar ser eleito", disse Trudeau a apoiadores num evento de campanha no sul de Ontário, província mais populosa do Canadá. "Isso não é liderança. Não é integridade".
Após ser criticado por O'Toole por convocar uma eleição com dois anos de antecedência, em meio a uma quarta onda da pandemia de Covid-19, Trudeau atacou a posição contrária de seu oponente em relação à obrigatoriedade da vacinação.
Trudeau disse que O'Toole estaria cedendo aos anti-vacinas do mesmo jeito que estava fazendo com o lobby pelas armas. Militantes anti-vacinação têm atacado e até feito ameaças de morte contra Trudeau.
"Erin O'Toole está pegando algumas deixas do pessoal anti-vacinação", disse Trudeau. "Os canadenses estão começando a ver que este é o futuro oferecido por Erin O'Toole, um futuro de liderança fraca, onde ele não se posiciona pelo que acredita, e não diz aos canadenses no que acredita de verdade".
(Reportagem de Steve Scherer)