JOHANESBURGO (Reuters) - O número de rinocerontes caçados ilegalmente na África do Sul diminuiu ligeiramente em 2022, mas ainda é preciso se fazer mais para salvar os animais, informou o Ministério do Meio Ambiente sul-africano nesta segunda-feira.
Um total de 448 rinocerontes foram mortos ilegalmente em todo o país no ano passado, três a menos do que em 2021. No entanto, os números ainda são maiores do que no ano anterior, quando as restrições impostas por conta da Covid-19 na África do Sul levaram a uma queda na atividade.
A demanda por chifres de rinoceronte dizimou a população do animal ao longo das décadas na África do Sul e nas vizinhas Botsuana e Namíbia. A caça muitas vezes envolve quadrilhas criminosas internacionais e caçadores locais, que contrabandeiam os chifres internacionalmente.
Os chifres são vistos como um suposto remédio e como material para a fabricação de jóias em alguns países do leste asiático.
A caça ilegal de rinocerontes diminuiu nos parques nacionais da África do Sul devido a programas para retirar os chifres dos animais, maior vigilância e mais colaboração entre as autoridades em sua conservação, disse a ministra do Meio Ambiente, Barbara Creecy.
No entanto, ela apelou às autoridades locais para fazer mais, dizendo que os caçadores agora mudaram seu foco de parques nacionais para parques menores e reservas de caça privadas na província de KwaZulu-Natal.
“Acreditamos que, se as autoridades provinciais de KwaZulu-Natal seguirem nosso modelo, poderão reduzir significativamente a caça furtiva de rinocerontes em seus parques provinciais antes que seja tarde demais”, disse Creecy.
A África do Sul abriga a maior população mundial de rinocerontes brancos quase ameaçados de extinção e cerca de metade da população total de rinocerontes negros ameaçados no continente africano.
(Reportagem de Bhargav Acharya)