Por Erin Banco
NOVA YORK (Reuters) - A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos avaliou que é "mais provável" que a pandemia da Covid-19 tenha surgido de um laboratório do que da natureza, disse um porta-voz da agência neste sábado.
Durante anos, a agência disse que não poderia concluir se a Covid-19 foi resultado de um incidente de laboratório ou se se originou na natureza. Mas nas últimas semanas do governo Biden, o ex-diretor da CIA William Burns pediu aos analistas e cientistas da CIA que fizessem uma determinação clara, enfatizando o significado histórico da pandemia, de acordo com uma autoridade sênior dos EUA.
A CIA diz que tem "baixa confiança" em sua avaliação de que a "origem da pandemia de Covid-19 relacionada à pesquisa é mais provável" e observa em sua declaração que ambos os cenários -- origem laboratorial e origem natural -- permanecem plausíveis.
A embaixada chinesa em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Não ficou claro até que ponto a agência coletou novas informações sobre as origens da Covid-19 e se essas novas evidências foram usadas para formular a última avaliação.
O governo da China diz que apoia e participou de pesquisas para determinar a origem da Covid-19 e acusou Washington de politizar o assunto, especialmente por causa dos esforços das agências de inteligência dos EUA para investigar.
Pequim disse que as alegações de que um vazamento de laboratório provavelmente causou a pandemia não têm credibilidade.
Em uma entrevista ao Breitbart após sua confirmação pelo Senado dos EUA na sexta-feira, o novo diretor da CIA, John Ratcliffe, disse que uma de suas primeiras prioridades seria fazer com que sua agência fizesse uma avaliação pública sobre as origens da pandemia.
"Para mim, isso é coisa de primeiro dia", disse ele. "Como vocês sabem, eu já disse que acho que nossa inteligência, nossa ciência e nosso bom senso realmente determinam que a origem da Covid foi um vazamento no Instituto de Virologia de Wuhan."