Por Alyssa Pointer
MEMPHIS, Estados Unidos (Reuters) - Um policial de Memphis foi suspenso por seu envolvimento no espancamento até a morte de Tyre Nichols, dias depois que a cidade divulgou ao público imagens em vídeo do assassinato, e outros cinco foram demitidos acusados pelo assassinato do homem negro.
O policial suspenso --identificado como Preston Hemphill-- foi dispensado do cargo com pagamento pendente de uma audiência administrativa, disse um porta-voz do Departamento de Polícia de Memphis, ressaltando que uma investigação sobre o incidente está em curso. Ele se recusou a comentar o envolvimento específico de Hemphill no caso.
Não foi anunciada qualquer acusação criminal contra Hemphill, que trabalha para o departamento desde 2018.
Os cinco policiais demitidos --todos negros--- foram acusados de assassinato em segundo grau, agressão, sequestro, má conduta oficial e opressão na morte de Nichols, um jovem de 29 anos que foi espancado pela polícia após uma parada de trânsito. Hemphill é branco.
Na sexta-feira, o departamento divulgou imagens de câmeras acopladas ao uniforme dos policiais e de uma câmera posicionada sobre um poste que mostram policiais chutando, socando e golpeando Nichols com um cassetete no bairro de sua mãe após uma parada de trânsito em 7 de janeiro. Ele foi hospitalizado e morreu três dias depois em decorrência dos ferimentos.
Após a divulgação dos vídeos, manifestantes se reuniram no fim de semana e reivindicaram reformas no policiamento em Memphis e outras cidades do país, de Nova York a Sacramento, na Califórnia, onde Nichols morou.
Desde o incidente, manifestantes em Memphis exigem que o departamento identifique todos os policiais no local do espancamento e divulgue seus arquivos pessoais, noticiou o jornal local Commercial Appeal.
(Reportagem de Alyssa Pointer em Memphiss e Brendan O'Brien em Chicago)