WASHINGTON (Reuters) - O especialista em doenças infecciosas que está na linha de frente da luta dos Estados Unidos contra o surto de coronavírus minimizou nesta quinta-feira reportagens segundo as quais sua segurança pessoal está sendo ameaçada, dizendo que se sente seguro e que está concentrado em fazer seu trabalho.
O doutor Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, vem enfrentando ameaças crescentes à sua segurança, e o governo intensificará sua proteção, noticiou o jornal Washington Post na quarta-feira.
Indagado no programa "Today" da rede NBC se está se sentindo seguro, Fauci respondeu "Estou".
"Escolhi esta vida, sei o que é. Existem coisas nela que às vezes são perturbadoras", afirmou. "Mas você se concentra no trabalho que tem a fazer e coloca todas as outras coisas de lado, tanto quanto possível, para não prestar atenção nelas."
"Temos uma situação muito, muito difícil diante de nós", disse ele, referindo-se à pandemia de coronavírus, que avança rapidamente e ameaça centenas de milhares de vidas em todo o mundo. "Todas as outras coisas são secundárias".
O Departamento de Justiça aprovou uma recomendação para que sejam disponibilizados mais agentes federais de segurança para serviços de proteção para Fauci, disse uma autoridade da Justiça à ABC News
Fauci, um grande defensor das medidas de emergência, como as ordens de isolamento domiciliar para conter a disseminação do coronavírus, se tornou um alvo da extrema-direita depois que corrigiu vários dos comunicados do presidente Donald Trump relacionados ao surto.
Para outros, o profissional de saúde calmo e concentrado tem sido uma voz firme de conhecimento e apaziguamento em um momento de crise.
Além das ameaças, as preocupações com sua segurança incluem "comunicações indesejadas de admiradores fervorosos", relatou o Washington Post, citando pessoas do Departamento de Saúde e Serviços Humanos a par do assunto.
(Por Doina Chiacu)