Por Michael Erman e Manojna Maddipatla
(Reuters) - Autoridades de saúde dos Estados Unidos autorizaram nesta terça-feira uma segunda dose de reforço contra Covid-19 para pessoas com 50 anos ou mais, citando dados que mostram o declínio da imunidade e os riscos representados pelas variantes Ômicron do vírus.
A Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA disse que o novo reforço --uma quarta dose para as vacinas mais usadas, de Pfizer/BioNTech e Moderna-- deve ser administrado pelo menos quatro meses após a dose anterior, visando mais proteção contra doenças graves e hospitalização.
A FDA também autorizou uma segunda dose de reforço das vacinas para pessoas mais jovens com sistema imunológico comprometido --aqueles com 12 anos ou mais para a injeção da Pfizer Inc (NYSE:PFE)/BioNTech e 18 anos ou mais para a Moderna (NASDAQ:MRNA).
O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) apoiou a autorização da FDA, recomendando a dose adicional, principalmente para idosos e pessoas com condições médicas subjacentes que as colocam em maior risco.
A decisão de oferecer segunda dose de reforço nos Estados Unidos ocorre quando alguns cientistas levantaram preocupação com a subvariante da Ômicron BA.2, altamente contagiosa e recentemente predominante, que aumentou os casos de Covid-19 em outros países.
"Se fossem meus parentes, eu os enviaria para fazer isso", disse a principal autoridade da FDA, dr. Peter Marks, durante uma entrevista coletiva sobre doses de reforço. “A Covid-19 teve um efeito adverso realmente desproporcional em pessoas com 65 anos de idade ou mais e aquelas com comorbidades.”