ROTERDÃ (Reuters) - Milhões de holandeses foram às ruas nesta quinta-feira para comemorar as festividades do Dia do Rei, vestindo-se de laranja e aproveitando os mercados ao ar livre - mesmo em um momento em que a confiança no homem no centro da festa nacional diminui.
O rei Willem-Alexander, cujo aniversário de 56 anos é o motivo oficial do feriado, não é tão popular quanto antes, mostrou uma pesquisa anual da empresa Ipsos nesta semana, depois de passar férias na Grécia durante a pandemia e desrespeitar as regras de distanciamento social.
A confiança no primeiro rei do país em mais de 120 anos, que sucedeu sua mãe, a rainha Beatrix, há 10 anos, caiu para 46% este ano, mostrou a pesquisa, enquanto o apoio à monarquia como um todo caiu para 55%.
Esses números se mantinham firmes em torno de 75% até o início da pandemia de Covid-19 em 2020.
Mas Willem-Alexander ainda atraiu dezenas de milhares de fãs a Roterdã na quinta-feira, quando compareceu às comemorações com sua esposa, a rainha Maxima, que goza de maior popularidade, e duas de suas três filhas.
Em outros lugares, as pessoas se aglomeraram nos tradicionais "mercados livres", onde as pessoas constroem barracas improvisadas ou estendem tapetes para vender todos os tipos de roupas, brinquedos, móveis e outros bens que não querem ou precisam por alguns centavos ou euros.
Os centros históricos de Amsterdã, Utrecht e Haia ficaram lotados com milhares de pessoas desde a noite de quarta-feira, quando as festas da Véspera do Rei deram início às celebrações.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse na quarta-feira que a queda na popularidade da família real não o preocupa, e elogiou o papel da monarquia na "unificação" do país.
(Reportagem de Bart Meijer)