Por Estelle Shirbon
LONDRES (Reuters) - Funcionários médicos na linha de frente da pandemia de coronavírus na Inglaterra começaram a ser testados neste sábado, quando o total de mortes por Covid-19 no Reino Unido passou de 1.000, após um recorde de 260 pessoas morrerem nas últimas 24 horas.
Números do governo mostram que 1.019 pessoas morreram até às 14h (horário de Brasília) de sexta-feira, enquanto o número de casos confirmados ficou em 17.089 na manhã de sábado, crescimento de 17,5% em relação ao dia anterior.
O Reino Unido está se preparando para a pandemia atingir seu pico nas próximas semanas e está construindo hospitais de campanha em Londres, Birmingham, Manchester e Cardiff para reforçar a resposta do seu Serviço Nacional de Saúde (NHS), comandado pelo Estado.
O governo, criticado por alguns médicos e enfermeiros por não fornecer equipamentos de proteção e testes suficientes, anunciou na sexta-feira que estava introduzindo um regime muito mais amplo de testes, com checagens a funcionários da saúde na Inglaterra.
Profissionais da saúde na linha de frente em Gales, Escócia e Irlanda do Norte já estão sendo testados.
O país está praticamente em quarentena, com britânicos tendo sido informados que devem ficar em casa. O primeiro-ministro Boris Johnson e o ministro da Saúde, Matt Hancock, estão entre os que testaram positivo.
O ministro para a Escócia, Alister Jack, afirmou no sábado que estava com a temperatura um pouco alta e tossia nas últimas 24 horas, e agora estava trabalhando de casa, em isolamento. Ele não foi testado para o coronavírus.
Ele falou na Câmara dos Comuns, na quarta-feira, imediatamente antes de Johnson comparecer às semanais Perguntas ao Primeiro-Ministro, durante as quais Jack sentou-se atrás de Johnson.