Por Kylie MacLellan e Elizabeth Piper
LONDRES (Reuters) - Um ministro britânico defendeu o primeiro-ministro, Boris Johnson, nesta terça-feira por fotos dele bebendo em uma reunião na residência oficial em Downing Street durante lockdowm da Covid, dizendo que ele não mentiu intencionalmente ao Parlamento sobre o evento.
Novas fotografias de Johnson bebendo em uma festa de despedida em Downing Street em novembro de 2020 foram publicadas pela ITV News na segunda-feira, reacendendo acusações da oposição de que ele violou suas próprias regras de lockdown da Covid-19 e deveria renunciar.
Relatos e fotos de eventos movidos a álcool em Downing Street, quando as regras do coronavírus significavam que as pessoas não podiam socializar ou mesmo, em muitos casos, comparecer a funerais de entes queridos, têm perseguido o primeiro-ministro por meses, minando sua autoridade.
Quando perguntado no Parlamento em dezembro do ano passado sobre relatos de uma festa em 13 de novembro de 2020, Johnson disse ter certeza de que "as regras foram seguidas o tempo todo".
"Ele não mentiu intencionalmente", declarou o ministro dos Transportes, Grant Shapps, à ITV. "O que é dito ao Parlamento é do seu conhecimento, às vezes não temos todos os fatos à mão."
Shapps disse à Sky News: "A questão é que ele estava lá embaixo festejando? Não, claramente não ... ele está no final de um dia agitado, ele desce, faz um brinde a alguém que trabalhou lá e sai, e para ele isso não é uma festa."
O porta-voz de Johnson se recusou a comentar diretamente os eventos de 13 de novembro, dizendo que o primeiro-ministro responderia a perguntas no Parlamento assim que for publicado um relatório da funcionária pública Sue Gray sobre os eventos de quebra do lockdown em Downing Street.