Por Yoshifumi Takemoto e Sakura Murakami
TÓQUIO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, disse aos repórteres nesta quarta-feira que não planeja dissolver a câmara baixa do país, o capitulo mais recente do drama político que transcorre enquanto ele tenta se manter no cargo.
Nesta semana, a mídia doméstica noticiou que ele pretende dissolver a câmara baixa do Parlamento em meados de setembro e que está cogitando realizar a eleição geral no dia 17 de outubro.
O desmentido de Suga sobre as reportagens vem depois de vários dias de negociações tensas e reviravoltas súbitas envolvendo ele e os políticos mais poderosos do campo governista no momento em que o premiê impopular manobra para preservar o posto mais importante do país.
"Não podemos dissolver a câmara baixa na situação atual", disse Suga, referindo-se à severidade da pandemia de coronavírus.
Quando indagado se isto significa que permitirá que os parlamentares da câmara baixa cumpram seus mandatos, que terminam em 21 de outubro, Suga evitou uma resposta direta.
"Não há planos para adiar a eleição da liderança do Partido Liberal Democrata (PLD), e trabalharemos com as datas disponíveis para a eleição geral", disse. A disputa pela liderança do PLD está marcada para 29 de setembro.
Um dirigente de alto escalão do PLD disse à Reuters que Suga está avaliando uma reforma da executiva do partido e do gabinete para o início da semana que vem, e acrescentou que esta última seria de pequena escala.
(Reportagem adicional de Hideyuki Sano)