Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, voltou a defender nesta sexta-feira a exigência da comprovação de vacinação para entrada de viajantes no Brasil e disse que o país não pode atrair o que chamou de "turismo antivacina".
"O Brasil se torna atraente para o turista como sempre foi. Agora, não pode ser atraente para o turismo antivacina. Isso não é razoável, isso não é aceitável e nós iremos às últimas consequências defendendo nossas posições, que são baseadas em Ciência para proteger nosso cidadão", disse em entrevista à GloboNews.
A entrevista foi concedida pouco depois de a Anvisa anunciar que recomendou ao governo federal a restrição de voos e viajantes vindos de países do sul da África após a detecção na África do Sul de uma nova variante do coronavírus. A adoção da exigência de comprovação de vacina já havia sido recomendada pela agência ao governo.
Barra Torres disse na entrevista que a recomendação da restrição anunciada mais cedo é uma medida preventiva necessária.
Cabe ao governo do presidente Jair Bolsonaro acatar ou não as recomendações da Anvisa. Barra Torres disse esperar uma decisão do governo "no menor tempo possível".
A exigência de vacinação para viajantes que entram no Brasil enfrenta resistências dentro do governo, especialmente de Bolsonaro.