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Investing.com — O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,34% em dezembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa forma, o indicador fechou o ano de 2024 em 4,71%. O indicador veio abaixo do previsto pelo mercado, que esperava uma leitura mensal de 0,45% e anual de 4,82%.
Segundo o instituto, entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram variação positiva neste mês, sendo a maior e com maior impacto em Alimentação e bebidas, que subiu 1,47%.
A alimentação no domicílio apresentou alta de 1,56% em dezembro, diante de altas no óleo de soja, que disparou 9,21%, na alcatra, com elevação de 9,02%, no contrafilé, com acréscimo de 8,33%, e na carne de porco, que subiu 8,14%.
No entanto, a batata inglesa registrou diminuição nos preços em 9,85%, o tomate em 6,71% e o leite longa vida em 2,42%. A alimentação fora do domicílio, por sua vez, apresentou expansão de preços de 1,23% em dezembro, com refeições subindo 1,34% e lanches 1,26%.
Além deste grupo, registraram altas mais expressivas as despesas pessoais, com acréscimo de 1,36%, e os transportes, com elevação de 0,46%. Por outro lado, o destaque baixista foi o grupo de habitação, que recuou 1,32%, diante da queda de 5,72% na energia elétrica residencial, após o retorno da vigência da bandeira tarifária verde em 1º de dezembro.
“A análise dos resultados mostra que, apesar de o índice geral (headline) ter sido mais fraco, a abertura apresentou uma assimetria estrutural para cima, evidenciando ainda receios quanto ao comportamento inflacionário”, destacou Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
Igor Cadilhac, economista do Picpay, entende da mesma forma. “Qualitativamente, embora o resultado tenha surpreendido para baixo, boa parte da surpresa se concentrou nas passagens aéreas. Por outro lado, os núcleos vieram relativamente pressionados, reforçando sinais claros de deterioração nas leituras mais recentes”, completa.