Ação do BB fecha em queda após banco acionar AGU contra fake news
- O tom mais brando de Powell mantém pressão de curto prazo sobre o dólar e favorece o apetite por risco.
- Dados como núcleo do PCE, PIB e emprego serão decisivos para os próximos movimentos da moeda americana.
- Queda abaixo de 97,50 pode acelerar as vendas; alta acima de 98,50 confirma recuperação, dependendo dos dados macroeconômicos.
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O dólar encerrou a semana passada em forte queda após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizar a possibilidade de um corte na taxa de juros durante seu discurso em Jackson Hole. Ao enfatizar os riscos no mercado de trabalho, Powell indicou que o foco do Fed está se deslocando da contenção inflacionária para a preservação do emprego.
Esse movimento elevou a probabilidade precificada pelo mercado para um corte de 0,25 ponto percentual em setembro para 85%, pressionando o índice do dólar (DXY) para o menor nível em quatro semanas. Embora a queda tenha perdido força no início desta semana, a direção do dólar dependerá de indicadores-chave que serão divulgados nos próximos dias.
Posição do Fed: viés mais brando com dependência dos dados
As declarações de Powell reforçaram a percepção de que o ciclo de alta de juros chegou ao fim e que o Fed pode estar prestes a iniciar um ciclo de cortes. No entanto, a velocidade desses cortes dependerá da evolução dos dados econômicos. As autoridades seguem divididas: enquanto alguns membros ainda se preocupam com a inflação, outros demonstram maior inquietação com a desaceleração do mercado de trabalho. O cenário aponta para um processo gradual de flexibilização monetária, e não apenas um corte isolado em setembro.
Esta semana, os investidores acompanharão de perto dois indicadores principais: a inflação medida pelo núcleo do PCE e a nova leitura do PIB.
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Se o PCE vier abaixo do esperado, o Fed terá mais margem para cortar juros, o que aumenta a chance de um corte já em setembro e pressiona ainda mais o dólar.
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Caso os dados semanais de emprego mostrem forte desaceleração, eles reforçarão a preocupação de Powell com o mercado de trabalho, o que pode acelerar a desvalorização do dólar.
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Por outro lado, se os dados vierem fortes, o mercado pode precificar que, embora o corte em setembro ainda seja possível, o Fed deve adotar postura mais cautelosa no restante do ano, o que pode favorecer uma recuperação do dólar.
Além disso, a pressão política da administração Trump sobre o Fed e os desdobramentos da política comercial aumentam a incerteza e podem amplificar a volatilidade. Caso os investidores percebam risco à independência do Fed, o sentimento pode se deteriorar rapidamente.
Apetite ao risco em foco: como o dólar reage a diferentes cenários
Cenário brando (dados fracos, cortes antecipados): Se os dados decepcionarem, o índice DXY pode se manter abaixo de 97. Isso deve fortalecer moedas de países emergentes e impulsionar bolsas globais. Euro e libra também tendem a continuar ganhando força contra o dólar.
Cenário neutro (dados mistos, cortes limitados): Nesse caso, o dólar pode recuperar parte das perdas recentes e retornar à região dos 98 pontos. O mercado pode oscilar no curto prazo, mas o apetite ao risco permaneceria relativamente estável.
Cenário rígido (dados fortes, Fed mais cauteloso): Se o PCE e o PIB superarem as expectativas, os investidores podem acreditar que o Fed adotará cortes mais lentos. Isso pode fortalecer o dólar com força, reduzir o apetite ao risco, pressionar os mercados acionários e enfraquecer ativos de países emergentes.
Embora as falas de Powell tenham pressionado o dólar no curto prazo, os próximos dados macroeconômicos serão determinantes para sua trajetória no médio prazo.
Análise técnica do dólar
O índice DXY recuou para 97,56 após o discurso de Powell, o menor nível em quatro semanas, antes de se recuperar levemente para 97,85 no início desta semana.
- Suporte: A região de 97,50 é agora o principal suporte. Fechamentos diários abaixo desse nível podem acelerar a queda em direção à faixa entre 96,25 e 96,55, especialmente se o núcleo do PCE vier fraco.
- Resistência: O primeiro nível de resistência está em 98,50. Um rompimento nesse ponto abre caminho para 99,70, resistência mais relevante. Para isso, será necessário que os dados macroeconômicos reforcem a visão de um Fed mais cauteloso.
No momento, o viés de curto prazo segue pressionado, com tendência de queda ainda ativa. Uma perda de 97,50 pode intensificar a pressão vendedora, enquanto um avanço acima de 98,50 confirmaria uma recuperação pontual.
As falas mais brando do Fed têm sustentado o enfraquecimento do dólar, o que impulsiona o apetite ao risco nos mercados. Nas últimas semanas, euro e libra foram os principais beneficiados, e esse movimento pode continuar caso os dados continuem fracos.
Moedas de países emergentes também podem se beneficiar no curto prazo, mas ganhos sustentáveis só devem ocorrer quando houver maior clareza sobre o ritmo de corte dos juros nos EUA. Entre elas, moedas que oferecem diferencial de juros mais elevado devem se destacar durante períodos de fraqueza do dólar.
Mercado de renda fixa e impacto nos ativos de risco
As taxas dos títulos de 10 anos dos EUA estão em queda, o que ajuda a manter o apetite por risco. Caso os yields continuem recuando, as bolsas podem atrair fluxo comprador. No entanto, uma recuperação do dólar impulsionada por dados fortes pode inverter esse movimento, fazendo os juros voltarem a subir e levando a uma realização nos mercados acionários.
Em resumo: a direção do dólar nos próximos dias dependerá inteiramente dos dados. O mercado seguirá avaliando quão sustentável é o atual apetite ao risco. Dados fracos tendem a favorecer ativos de risco, enquanto indicadores mais fortes podem devolver força ao dólar e mudar o humor dos investidores.
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