Trump leva luta contra o Fed a nível sem precedentes com tentativa de demitir diretora
- Ouro segue amplamente apoiado enquanto o Fed enfrenta pressões políticas.
- Ação de Trump contra Cook reacende dúvidas sobre a independência do banco central.
- Quadro técnico ainda indica consolidação, mas com viés construtivo.
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O ouro encerrou a última semana com alta de 1%, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizar na sexta-feira que os cortes de juros podem ocorrer já em setembro. Após uma breve pausa na segunda-feira, o metal voltou a avançar, apoiado por tensões políticas tanto nos EUA quanto na Europa.
Enquanto as bolsas reagiram com instabilidade a esses desdobramentos, o ouro manteve-se firme, sugerindo que investidores seguem posicionados de forma construtiva, mesmo que o mercado ainda esteja preso em um padrão de consolidação.
Vale acompanhar o desempenho do dólar nesta semana, diante da agenda de indicadores. Se o Fed se mover mais claramente na direção de um ciclo de afrouxamento, enquanto a turbulência política continua a corroer a confiança na condução da política econômica dos EUA, o dólar deve permanecer sob pressão, um ambiente que tradicionalmente favorece o ouro. A ressalva principal para a tendência positiva do metal é a possibilidade de investidores direcionarem fluxos para a bolsa, o que reduziria a procura por ativos de proteção.
Independência do Fed questionada: demissão de Cook
Os mercados foram impactados nas negociações asiáticas após a notícia de que o presidente Trump havia demitido a governadora do Fed, Lisa Cook, sob alegações de irregularidades hipotecárias. Cook contesta a autoridade do presidente para destituí-la, de modo que a decisão caberá agora à Justiça, podendo deixar o Fed com uma cadeira vaga.
Com a recente renúncia de Adriana Kugler e a nomeação de Stephen Miran, a composição do conselho já se inclina mais para a visão de Trump. Isso intensifica os temores sobre a independência do banco central, um fator visto de forma negativa pelos investidores. Para o dólar, o efeito é claramente desfavorável; para o ouro, trata-se de mais um vento a favor. Ainda assim, resta saber se esse quadro será suficiente para romper a resistência-chave em US$ 3.400.
Eventos em destaque: indicadores e discursos do Fed
A agenda desta semana também pode influenciar o rumo do ouro:
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Confiança do consumidor (hoje): mede se o sentimento das famílias segue em queda.
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Revisão do PIB do 2º trimestre (quinta-feira): improvável que surpreenda, a menos que o corte seja expressivo.
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Discurso do governador Christopher Waller (quinta-feira): importante acompanhar, já que ele apoiou o corte de julho e é cotado como sucessor de Powell. Qualquer sinal mais dovish teria impacto.
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Núcleo do PCE (sexta-feira): indicador de inflação preferido do Fed, decisivo para a reunião de setembro e, por consequência, para a trajetória do dólar e do ouro.
Essas divulgações devem manter os traders do metal ocupados. Uma rodada de dados mais fracos ou um tom mais acomodatício apenas reforçaria a pressão sobre o dólar, fortalecendo a tese positiva para o ouro.
Análise técnica e níveis-chave
Sob a ótica gráfica, o ouro vem se consolidando há várias semanas dentro de uma ampla faixa de negociação. Para os compradores, a ausência de continuidade mesmo diante da fraqueza do dólar pode gerar frustração, mas tecnicamente esse tipo de movimento costuma anteceder uma quebra na direção da tendência predominante. Ainda assim, é mais prudente aguardar sinais de confirmação.
Para isso, seria necessário um fechamento diário acima da linha de tendência de baixa, em vigor desde a máxima de abril. Caso isso ocorra, e o nível de US$ 3.400 seja sustentado, abre-se espaço para a continuidade do movimento com potencial de retestar a máxima histórica de abril, em torno de US$ 3.500. Uma resistência intermediária aparece em US$ 3.385.
Do lado negativo, US$ 3.350 é agora o primeiro suporte relevante; abaixo dele, há pouco suporte até a região de US$ 3.300, com a mínima de junho em US$ 3.247 entrando no radar.
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