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Por Howard Schneider
WASHINGTON (Reuters) - A ata da reunião de 28 e 29 de outubro do banco central dos Estados Unidos pode fornecer mais informações nesta quarta-feira sobre a profundidade da divisão que surgiu entre as autoridades que navegam em um apagão de dados oficiais, sinais conflitantes de informações disponíveis e uma transição de liderança durante os últimos meses do mandato do chair do Federal Reserve, Jerome Powell.
A reunião do mês passado produziu dissidências entre uma política monetária mais frouxa e mais dura e o que Powell chamou de "pontos de vista fortemente diferentes" na coletiva de imprensa após a decisão do Fed, por 10 a 2, de reduzir sua taxa de juros básica em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00%.
Com as divulgações de dados oficiais suspensas antes da reunião de outubro devido à paralisação do governo dos EUA, as autoridades tiveram que avaliar informações alternativas que podem ter contribuído para um sentimento de cautela em relação a novos cortes nos juros.
"Há um consenso crescente de que talvez devêssemos esperar pelo menos um ciclo", disse Powell aos repórteres no mês passado.
Embora os dados econômicos do governo estejam começando a fluir novamente, com o relatório de emprego de setembro a ser divulgado na quinta-feira, ainda não há um cronograma completo para a divulgação de todos os relatórios que faltam, e não há clareza sobre o que estará disponível na reunião do Fed de 9 e 10 de dezembro.
Os detalhes podem ser importantes.
O debate do Fed gira, em parte, em torno das diferentes percepções das autoridades sobre os riscos enfrentados pela economia, e novos dados sobre inflação e emprego - sejam eles mais fortes ou mais fracos do que o esperado - podem alterar o equilíbrio.
"Existe a possibilidade de que faça sentido sermos mais cautelosos", na ausência de dados, disse Powell no mês passado.
A ata será divulgada às 16h (horário de Brasília).
Os comentários públicos das autoridades do Fed desde a reunião deixaram claras as diferenças de opinião e aumentaram a possibilidade de que as próximas votações possam ser ainda mais apertadas.
Atualmente, os investidores consideram que a probabilidade de outro corte nos juros no próximo mês é de aproximadamente 50%.
(Reportagem de Howard Schneider)