LONDRES (Reuters) - O príncipe britânico Harry disse nesta quinta-feira que se sente compelido a tentar concluir o trabalho de sua falecida mãe, a princesa Diana, no combate ao HIV e ao estigma em torno dele, ao pedir que as pessoas façam testes para a doença.
Diana apertou a mão de pacientes com Aids em um hospital de Londres em 1987, uma ação que foi vista como um marco na batalha contra o estigma em torno das pessoas com o vírus, e Harry também se tornou um proeminente ativista do HIV e da Aids.
"O trabalho da minha mãe estava inacabado", disse ele ao ex-capitão da seleção de rúgbi do País de Gales Gareth Thomas, que anunciou em 2019 que era HIV positivo, em um vídeo para marcar a Semana Nacional de Testes de HIV.
"Sinto-me obrigado a tentar continuar isso o máximo possível. Eu nunca poderia, você sabe, ocupar o lugar dela, especialmente neste espaço em particular... ."
A Organização Mundial da Saúde estima que havia cerca de 38 milhões de pessoas vivendo com HIV no final de 2020, e que as doenças relacionadas à Aids mataram mais de 36 milhões desde o início na década de 1980.
As principais instituições de caridade de HIV/Aids esperam que testes mais amplos possam levar ao fim de novos casos de HIV na Inglaterra até 2030.
Harry foi submetido a um teste de HIV em 2016, o que provocou um aumento de 500% nos pedidos de testes de uma instituição de caridade, disse ele. Mas, segundo Harry, os testes de HIV caíram cerca de 30% durante a pandemia de Covid-19.
(Reportagem de Michael Holden)