Por Gabriel Crossley e Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) - A produção das fábricas da China cresceu mais rapidamente do que o esperado em novembro, apoiada por uma produção de energia mais forte e uma moderação nos altos custos de materiais, mas novas restrições para combater o aumento de casos de Covid-19 atingiram os varejistas na segunda maior economia do mundo.
Os dados, juntamente com uma desaceleração no crescimento do investimento, sublinham os persistentes ventos contrários que a economia enfrenta, o que já levou autoridades do governo neste mês a aumentar o apoio.
"A economia permaneceu bastante fraca em novembro", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.
A produção da fábrica aumentou 3,8% em novembro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados oficiais na noite de terça-feira (horário de Brasília), superando as expectativas de aumento de 3,6% e acelerando ante alta de 3,5% em outubro.
As vendas no varejo, no entanto, cresceram 3,9% em novembro frente a um ano antes, abaixo do acréscimo de 4,6% esperado na pesquisa da Reuters e da taxa de 4,9% de outubro.
O investimento em ativos fixos subiu 5,2% nos primeiros 11 meses em relação ao mesmo período do ano anterior, abaixo do aumento de 5,4% apontado pela pesquisa da Reuters e da marca de 6,1% de janeiro a outubro.
A economia da China, que está perdendo fôlego após uma sólida recuperação da pandemia no ano passado, enfrenta vários desafios em 2022, devido a questões no setor imobiliário e às restrições relativas à Covid-19, que afetaram os gastos dos consumidores.
E, apesar da recuperação da atividade industrial em novembro, novos surtos de Covid-19 estão criando mais problemas para os formuladores de política econômica, já que a variante Omicron do coronavírus ameaça o panorama econômico global.