Por Tetsushi Kajimoto e Kiyoshi Takenaka e Kantaro Komiya
TÓQUIO (Reuters) - Fumio Kishida, ex-ministro das Relações Exteriores do Japão que está disputando a liderança do partido governista com o primeiro-ministro Yoshihide Suga, disse nesta quinta-feira que um pacote de estímulo econômico de "dezenas de trilhões de ienes" é necessário para combater a pandemia de coronavírus.
Kishida também disse que o país precisa manter taxas de juros ultrabaixas para apoiar a economia abalada pela pandemia, oferecendo o sinal mais claro até hoje de que as políticas fiscal e monetária expansionistas continuarão em vigor caso substitua Suga.
É praticamente certo que o vencedor da disputa pela liderança do Partido Liberal Democrata (PLD) se tornará premiê, dada a maioria da sigla na poderosa câmara baixa do Parlamento.
"Muitos países estão sinalizando que manterão medidas de políticas fiscal e monetária expansionistas por ora. O Japão não deve ficar para trás", disse ele em uma coletiva de imprensa, distanciando-se de seus comentários anteriores sobre a necessidade de refrear a política ultrarrelaxada do Banco do Japão.
Kishida ainda disse que, como chefe do partido, buscaria fazer as atividades socioeconômicas voltarem quase à normalidade até o início de 2022, criticando o manejo atual da pandemia por ser muito pouco e muito lento.
Ele disse que o pacote de estímulo precisa ser compilado "rapidamente" e incluir pagamentos em dinheiro a trabalhadores não-permanentes e outros que serão afetados por medidas para conter a circulação de pessoas.
(Reportagem adicional de Leika Kihara)