LONDRES (Reuters) - Proibir jogadores russos e bielorrussos de disputar o torneio de Wimbledon este ano era a única opção viável sob a orientação fornecida pelo governo britânico, disseram os organizadores do Grand Slam de grama nesta terça-feira.
O All England Lawn Tennis Club (AELTC) tomou a decisão após a invasão da Ucrânia pela Rússia e a posição foi rapidamente condenada pelos circuitos masculino e feminino de tênis.
O presidente do AELTC, Ian Hewitt, disse que a orientação do governo não permitia que os jogadores competissem no torneio com base em seus rankings e que havia duas opções disponíveis: recusar inscrições, ou permitir inscrições mas apenas com declarações específicas por escrito de atletas individualmente.
"Acreditamos que tomamos a decisão mais responsável possível nas circunstâncias", afirmou Hewitt a repórteres, acrescentando que eles estão tendo discussões regulares com jogadores, ATP e WTA.
"E que dentro da estrutura da posição de governança, não há alternativa viável para a decisão que tomamos nesta situação verdadeiramente excepcional e trágica."
A medida marca a primeira vez que atletas são banidos com base na nacionalidade desde a era imediatamente pós-Segunda Guerra Mundial, quando jogadores alemães e japoneses foram excluídos.
Wimbledon também é o primeiro torneio de tênis a banir competidores individuais dos dois países, o que significa que o número dois do mundo Daniil Medvedev, da Rússia, e a quarta classificada feminina Aryna Sabalenka, de Belarus, estão vetados do torneio de 27 de junho a 10 de julho.
(Reportagem de Sudipto Ganguly em Mumbai)