A empresa de inteligência em blockchain Chainalysis está investigando os fundamentos por trás da atual corrida de touros no preço do Bitcoin.
Em um novo relatório, a empresa disse que há cerca de 14,8 milhões de Bitcoins em circulação.
Entretanto, a Chainalysis informou que, considerando a quantidade de BTC que as pessoas perderam acesso ao longo dos anos, a oferta da criptomoeda é muito menor do que a prevista por Satoshi no código.
Nesse sentido, a empresa destacou que cerca de 3,7 milhões de Bitcoins estão perdidos para sempre. Ou seja, permanecerão indisponíveis para novos compradores.
Bitcoins perdidos
De acordo com a Chainalysis, a oferta seria ainda menor. Isso porque aproximadamente 77% dos 14,8 milhões estão presos há cinco anos ou mais.
Assim, somente 3,4 milhões de Bitcoin estão disponíveis para compra em meio à crescente demanda de investidores:
“A mudança institucional para a criptomoeda parece ser impulsionada por um desejo de se proteger contra a incerteza macroeconômica, que obviamente não está em falta este ano … Os dados também confirmam essa história de investimento institucional. Por um lado, estamos vendo um aumento nas transferências de alto valor enviadas de bolsas em 2020.”
A Chainalysis ainda comentou que o número de transferências de US$ 1 milhão ou mais em BTC de exchanges para carteiras privadas é 19% maior do que em 2017. Na ocasião, o BTC atingiu seu auge do último grande ciclo de alta.
Portanto, esse aumento nas transferências indica que aqueles que compram BTC tem mais dinheiro para gastar.
Além disso, segundo a empresa, para o Bitcoin continuar crescendo, precisará provar que é semelhante ao ouro. Isto é, que pode fornecer uma proteção contra a incerteza econômica.
“Uma comparação dessa corrida de touro com a de 2017 sugere que os investidores se tornaram mais espertos e mais estratégicos. Estão comprando Bitcoin para cumprir um caso de uso específico, em vez de especular sobre o novo ativo importante. Se o Bitcoin puder continuar a ser uma proteção eficaz contra as tendências macroeconômicas, acreditamos que cada vez mais investidores institucionais colocarão dinheiro no ativo, levando a uma adoção ainda mais convencional”.