Um relatório da empresa focada em análise de dados para transações de criptomoeda, Token Analyst, mostra que a infraestrutura do Bitcoin está mais centralizada do que nunca. Cinco entidades de mineração, que processam as transações na rede Bitcoin, controlam 49,9% de todo o poder de computação de rede. Todas estão na China.
De acordo com o estudo, que levantou os dados até o dia 27 de janeiro, trata-se da maior concentração de poder de mineração de todos os tempos.
Essas cinco entidades de mineração – AntPool, BTC.com, BTC.top, F2 Pool e ViaBTC – estão disponíveis na BitDeer. Trata-se de uma plataforma de compartilhamento de poder de computação, que permite que os consumidores aluguem energia de mineração sem comprar ou configurar hardware de mineração de criptomoedas. Segundo a Token Analyst, o modelo de parceria do BitDeer se parece com o seguinte:
O BitDeer atua efetivamente como o tecido conectivo entre os cinco pools de mineração. Segundo o relatório, a colaboração e a cooperação permitem que as pools de mineração envolvidas se protejam contra diversos riscos: o risco de uma única instalação de mineração ficar offline, o risco de os clientes alternarem entre as pools, o risco de flutuações nos preços da energia em determinadas regiões.
“Plataformas de compartilhamento de energia de computadores como o BitDeer reduziram a barreira de entrada para o consumidor médio que pode apenas querer obter mineração, e isso é uma coisa boa. Contudo, qualquer centralização do poder de hash da rede bitcoin deve ser motivo de preocupação, pois corroe o modelo sem confiança da rede”.
Isso é problemático, segundo a Token Analyst, porque vai contra o modelo original de mineração de Bitcoin, que consistia em ter um grande número de mineradoras independentes, o que inviabilizaria ataques a rede. No entanto, devido à competição por recompensas, a única maneira determinística de obter BTC extraído é ingressar em uma pool de mineração, concluiu o relatório.