O analista do Citibank, Tom Fitzpatrick, está otimista com a recente alta do preço do Bitcoin.
Nesse sentido, ele está delineando os fatores técnicos e fundamentais que serviriam como catalisadores para uma explosão de Bitcoin nos próximos 13 meses.
Um relatório divulgado pelo cofundador do Altana Digital Currency Fund, Alistair Maine, revela que Fitzpatrick está prevendo que a criptomoeda pode disparar para US$ 318 mil em dezembro de 2021. Ou seja, mais de R$ 1,7 milhão.
Otimismo em relação ao Bitcoin
De acordo com Fitzpatrick, o Bitcoin está prestes a ser o “vencedor claro” em um mundo que lida com os impactos econômicos e fiscais da pandemia.
Além disso, o analista acredita que os governos não devem mais implementar qualquer forma de austeridade fiscal.
“A segunda (e na minha opinião) orientação mais ‘monumental’ foi a indicação de que, à medida que a economia/inflação e o emprego aumentam, eles [governos] não procurarão restringir a política monetária da mesma forma que fizeram na era pós-Volcker. Esta mudança na política monetária e abertura simultânea na política fiscal é (apesar dos protestos em contrário) MMT [Teoria Monetária Moderna] em tudo, exceto no nome. E uma clara intenção de degradar a moeda da FIAT.”
Dessa forma, para se proteger contra a desvalorização da moeda fiduciária, Fitzpatrick disse que os investidores buscarão refúgio na reserva de ativos de valor, como ouro e Bitcoin.
Entretanto, o analista ressalta que estamos no século 21 e o ouro já é “notícia de ontem”:
“[Bitcoin] é um ativo com oferta limitada. É digital … Ele atravessa fronteiras facilmente e a propriedade é opaca … A enorme deterioração fiscal de hoje tem um custo no futuro, seja direta ou indiretamente. Diretamente é que, em algum momento, as ‘contas terão que ser pagas’. O que significa que em algum momento no futuro o dinheiro precisará ser encontrado. Embora o Bitcoin possa ficar sujeito a mais restrições regulatórias daqui para frente, é uma reserva natural de ‘dinheiro’ para evitar esse problema do governo.”
Moedas fiduciárias em colapso
Fitzpatrick também afirma que a digitalização de moedas fiduciárias é favorável ao Bitcoin.
“Os bancos centrais estão discutindo cada vez mais a digitalização de moedas. Esta é uma faca de dois gumes. Por um lado, cria um mecanismo muito mais eficaz para distribuir estímulos (principalmente fiscais). Mas, por outro lado, também torna mais fácil o confisco de capital (por exemplo, taxas de juros negativas). Ambos os cenários me pareceriam positivos para o Bitcoin.”
Por fim, o analista observa que o BTC se multiplicou por 555 vezes entre 2011 e 2013. E, entre 2015 e 2017, se multiplicou por 121 vezes.
Portanto, de acordo com Fitzpatrick, uma mudança para US$ 318 mil seria uma alta de 102 vezes, o que tornaria o ciclo de expansão o mais fraco em termos de crescimento percentual na história do Bitcoin.