Ao que parece, o governo argentino está reprimindo as transações com criptomoedas no país. Isso porque a Unidade de Informações Financeiras (FIU) do país, uma agência governamental que monitora o cumprimento das leis contra lavagem de dinheiro, iniciou uma investigação que visa recolher as informações sobre titulares criptomoedas. O objetivo da ação é exercer um controle mais rígido sobre o comércio de Bitcoin e criptoativos no país.
Organizações devem denunciar transações suspeitas
De acordo com o portal local, El Cronista, a FIU emitiu um comunicado para que diversas companhias reforcem os controles e compartilhem informações sobre transações com os criptoativos. Dentre elas, destacam-se bancos, casas de câmbio, operadores da bolsa, seguradoras, operadoras de cartões créditos, empresas de correios e várias outras companhias.
Além disso, a FIU pediu que as organizações denunciem transações consideradas suspeitas. A princípio, a iniciativa visa reunir dados atualizados sobre essas operações para prevenir atividades de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. No entanto, a entidade não especificou datas para o cumprimento das determinações.
Aumento das operações com ativos digitais
Liderada por Carlos Alberto Cruz, a FIU alertou que houve, nos últimos tempos, “um aumento nas operações realizadas por meio de ativos virtuais”. Para Cruz, essas transações “poderiam estar sendo realizada por pessoas que buscam burlar os padrões internacionais e evitar o sistema preventivo de lavagem de dinheiro”.
Assim, a FIU emitiu um alerta para que essas organizações e pessoas tomem “extremo cuidado com ações que poderiam representar uma ameaça à ordem econômico-financeira” do país.
Ainda segundo o El Cronista, a determinação chegou em um momento em que o governo busca esvaziar o mercado de câmbio paralelo. Além disso, deseja evitar a todo custo a fuga de moeda estrangeira do sistema financeiro. Isso por conta da necessidade de dólares e pela pressão sobre a taxa de câmbio.