A Atlas Quantum anunciou por meio de suas redes sociais na quarta-feira, 15 de janeiro, que em breve descontinuará seu aplicativo mobile para iOS e Android. A justificativa, de acordo com a empresa, é que o aplicativo será incompatível com a plataforma “Novo Quantum” – atualização da plataforma da Atlas anunciada recentemente, que inclui até mesmo a viabilização dos saques.
Incompatibilidade com a nova fase
Na terça-feira, 14 de janeiro, pouco antes do anúncio da atualização pela qual supostamente passará a plataforma da Atlas Quantum, clientes já comentavam sobre instabilidades no aplicativo. Alguns deles afirmavam que conseguiam conectar no site da empresa pelos navegadores em desktop, mas não conseguiam acesso pelo aplicativo mobile.
O motivo da instabilidade pode estar relacionado à descontinuidade do aplicativo mobile, que não terá compatibilidade com a nova plataforma da empresa. No anúncio feito nas redes sociais, não foi informado se haverá outro aplicativo para a nova plataforma.
Também não foi informada a data na qual o aplicativo mobile será descontinuado oficialmente. Apesar de voltar a dar sinais de vida, os anúncios da Atlas geralmente deixam mais perguntas do que respostas, dividindo os sentimentos dos investidores. Há quem fique esperançoso com o início de 2020 que a empresa está tendo, com uma presença um pouco mais ativa, enquanto a outra parte dos investidores com valores presos na plataforma continua desacreditada por conta da reticência que permeia alguns pontos dos anúncios da Atlas.
A fênix
Este é o mais recente capítulo da trajetória da Atlas, que está buscando sua reestruturação. O plano Phoenix tem como objetivo quitar todas as dívidas que a empresa tem com seus investidores dentro de três a sete anos, e diversas iniciativas estão englobadas dentro deste plano.
Recompras de Bitcoin, venda de Bitcoin com deságio, demissão em massa, mudança de sede, disponibilização do robô de arbitragem e uma suposta atualização da plataforma com o retorno dos saques são alguns dos capítulos da Atlas após a espiral em que a empresa se meteu após a stop order emitida pela Comissão de Valores Mobiliários em agosto de 2019.
Apesar dos planos, por enquanto a fênix não alçou voo, e conta com direitos trabalhistas devidos aos funcionários demitidos há mais de dois meses e cada vez mais processos ordenando o bloqueio de bens e valores para garantir o ressarcimento de investidores.