A Suécia, primeiro país a emitir papel-moeda na Europa e, atualmente, um dos países onde o dinheiro vivo é menos usado, está estudando a emissão de uma CBDC (sigla em inglês para moeda digital emitida por banco central)
O Riksbank, banco central da Suécia, anunciou nesta quinta-feira, dia 20 de fevereiro seu Projeto E-krona. Trata-se de uma iniciativa para “examinar o escopo do Riksbank” para emitir uma CBDC baseada na tecnologia blockchain. O objetivo do projeto é aumentar a competência da entidade e, ao mesmo tempo, preparar-se para atender a um novo mercado de pagamentos digitais.
“O Riksbank tem a tarefa de promover um sistema de pagamento seguro e eficiente, tarefa que pode ser mais difícil se o dinheiro não for mais usado como meio de pagamento pela maioria das famílias e empresas no futuro. (…) A e-krona daria ao público em geral acesso a um complemento digital ao dinheiro, onde o estado garantiria seu valor”, diz o comunicado.
Segundo o anúncio do Riksbank, a equipe do projeto ouviu a opinião de vários agentes nacionais e internacionais sobre a e-krona. Além disso, analisou propostas de tecnologia adequada e examinou as questões legais para garantir que o banco central tenha um mandato claro para emitir uma e-krona.
O projeto piloto para desenvolvimento de uma proposta de solução técnica para a e-krona será desenvolvido em parceria com a Accenture, multinacional de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing, e terminará em fevereiro de 2021.
Uma vez em circulação, a CBDC seria usada para atividades bancárias tradicionais, como pagamentos, depósitos e saques por meio de, por exemplo, um aplicativo de celular. O Riksbank afirmou ainda que o objetivo do projeto é mostrar que uma e-krona pode ser usada pelo público em geral, de maneira tão simples quanto enviar um SMS.
Suécia integra grupo de estudo de CBDCs
Conforme informou o CriptoFácil, o Riksbank faz parte de um grupo formado por seis importantes bancos centrais para avaliar possíveis casos de CBDCs. Além do Riksbank, os bancos centrais do Canadá, Inglaterra, Japão, União Europeia, Suíça e o Banco de Compensações Internacionais (BIS) – que funciona como o banco dos Bancos Centrais – irão compartilhar experiências e avaliar os casos de uso de CBDCs.