Uma pesquisa do Bank of America (BofA) com gestores de fundos evidenciou a popularidade do Bitcoin. As negociações de “Long Bitcoin” tornaram-se as maiores em todo o mercado financeiro.
A pesquisa foi publicada pelo banco na terça-feira (19) e destacada pela Reuters. Ela é realizada mensalmente e mostra os ativos mais negociados do mercado naquele período.
Em janeiro, o Bitcoin desbancou as ações de tecnologia da bolsa dos Estados Unidos. Por isso, o termo “Long Bitcoin” (que significa investimento acreditando na valorização) foi o grande destaque do mês.
Esta é a segunda vez que o termo “Long Bitcoin” aparece na pesquisa. A primeira foi em dezembro de 2017, no auge da alta histórica daquele ano.
Superando as ações de tecnologia
De acordo com a pesquisa, o Bitcoin destronou o termo “Long Tech”, que indica alta nas ações de tecnologia. Essas ações tiveram as maiores negociações por três meses consecutivos.
O feito é extremamente importante. É a primeira vez que a “Long Tech” foi empurrada para fora do posição de topo desde outubro.
Enquanto o Bitcoin está em alta, a principal moeda fiduciária perde prestígio. Apostar contra o dólar (Short USD) é agora a terceira negociação mais popular.
Bitcoin, expectativa com mercados e temor de inflação
A volta do termo é uma evidência da crescente popularidade do Bitcoin como investimento. A criptomoeda teve alta de mais de 230 % nos últimos três meses, devido à demanda institucional.
No meio disso tudo, a criptomoeda renovou sua máxima histórica em 2020. Os preços registraram altas recordes acima de US$ 41.900 no início deste mês. Em reais, o Bitcoin superou os R$ 220 mil.
Os investidores também estão otimistas quanto às perspectivas de crescimento mundial. Para os gestores de fundos pesquisados pelo BofA, a economia global está em uma fase de ciclo inicial.
Essa fase marca oposição a uma recessão e, segundo eles, está seu ponto mais alto em 11 anos. Ou seja, indica otimismo com crescimento global.
Por outro lado, a inflação é o principal temor dos investidores. Nada menos que 92% dos gestores espera uma inflação global mais alta no próximo ano.
Outros 71% esperavam que o Federal Reserve (Fed) não vai interromper seu programa de estímulos em 2021.