A quantidade de Bitcoins tokenizados na rede Ethereum atingiu um novo recorde esta semana.
Agora, existem mais 100.000 tokens ancorados ao Bitcoin (BTC) na rede de contrato inteligente, com base nas métricas BTC On Ethereum.
Nos últimos 30 dias, o crescimento foi particularmente grande.
Isso porque, em 19 de agosto, o número total de tokens (ERC-20) ancorados ao BTC no Ethereum era 44.051 unidades.
Já na sexta-feira (18), o número saltou para 100.807. Portanto, representando um crescimento de quase 130%.
Vale ressaltar que, em janeiro, o montante era apenas 1.110 BTC.
WBTC segue liderando
A métrica de tokens ancorados em Bitcoin no Ethereum começou a ser registrada em janeiro de 2019, com o lançamento do Wrapped Bitcoin (WBTC).
Desde então, a iniciativa da startup BitGo e das exchanges Kyber Network e Republic Protocol vem ganhando popularidade. Prova disso é o aparecimento de novos projetos.
Atualmente, o WBTC continua sendo o principal ativo entre os tokens ancorados ao Bitcoin no Ethereum. No total, já são mais de 70.000 tokens.
O WBTC é seguido por renBTC com 20.000 unidades. Em seguida, vem o HBTC com 4.800 tokens e sBTC com 3.300 unidades.
Além disso, outros projetos medidos incluem imBTC e pBTC, que juntos respondem por cerca de 1.600 BTC.
Demanda crescente
Dois elementos desempenharam um papel fundamental no surgimento de novos projetos.
O primeiro está relacionado aos juros ou retornos que são gerados nas aplicações de finanças descentralizadas (DeFi). O segundo elemento diz respeito à “integração” do WBTC à MakerDAO, como um ativo de reserva.
Entretanto, para Sam Bankman-Fried, CEO da bolsa de derivativos de criptomoeda FTX, há outro aspecto em jogo. Segundo ele, a “grande demanda” por compras OTC estaria influenciando esse cenário de crescimento.
Mesmo assim, ainda não é possível precisar o que vem sustentando esta demanda crescente.
Muitos analistas do mercado temem, por exemplo, que um eventual estouro na bolha de DeFi possa afetar todo o mercado.
Desta forma, jogando o Bitcoin novamente em um mercado de baixa como ocorreu em 2018, após a bolha do ICO.