A equipe da exchange BitMEX conectou um nó de Bitcoin ao satélite Blockstream.
Segundo a empresa, a integração foi feita para testar sua capacidade de baixar e verificar a blockchain, sem usar uma conexão de internet.
Assim, durante os testes dessa plataforma de satélite, a equipe descobriu que o sistema “tem o potencial de melhorar as características de resistência à censura da rede Bitcoin”.
Por outro lado, como pode ser impraticável para o usuário comum, não serve para muita coisa, segundo a empresa.
Sobre a instalação
Em uma publicação, a equipe descreveu o passo a passo de sua experiência ao instalar o sistema de satélite Blockstream.
Eles observaram que programar o nó e conectar a antena ao satélite é fácil. No entanto, quanto à utilidade, eles disseram: “temos as nossas dúvidas”.
O equipamento em questão tem um custo de US$ 1.200, que, segundo a BitMEX, é um tanto caro.
Além disso, é composto pelo kit Blockstream Satellite Pro e pela antena de tela plana que a empresa distribui.
Suas especificações incluem uma largura de banda de 1,2 MGz, que permite a transmissão de arquivos de até 1 MB. Porém, sua recepção às vezes depende do clima e de outros fatores ambientais.
Nas palavras da BitMEX, a instalação foi mais fácil do que o esperado.
O único obstáculo foi o alinhamento da antena com o satélite. Entretanto, levou apenas 15 minutos para que a equipe entendesse como usar a ferramenta de alinhamento.
Portanto, o restante consistiu na instalação de um programa customizado da Blockstream. A ferramenta permite a criptografia de dados no laptop, que usa o sistema operacional Linux.
Depois, só foi preciso instalar a versão 0.19.1 do Bitcoin Core.
Capacidade do equipamento
Em relação à capacidade do sistema de rodar um nó Bitcoin, a equipe do BitMEX observou que o nó conectado ao satélite apresentava um pequeno atraso em relação aos nós conectados à Internet.
Desta forma, o recebimento e a verificação do histórico completo da blockchain implica em um atraso de cerca de dois minutos.
Por fim, a equipe da BitMEX destacou que é altamente improvável que um usuário precise sincronizar um nó Bitcoin completo e não tenha acesso à internet.
Além disso, pontuou que a necessidade de ter todo o equipamento necessário para se conectar ao satélite e verificar sua transação de entrada dificulta imensamente seu uso.