O dono empresa TelexFree, Carlos Nataniel Wanzeler, teve seu pedido de recurso contra a perda da nacionalidade brasileira negado.
O chefe da pirâmide financeira que deixou um prejuízo de mais de US$ 3 bilhões queria “voltar a ser brasileiro” para não ser extraditado para os Estados Unidos.
Por isso, sua defesa faz um apelo para rescindir a decisão que revogou a nacionalidade brasileira de Wanzeler.
Mas agora, com o recurso negado, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar o pedido de extradição feito pelos EUA mais uma vez.
Entenda o caso
Embora Wanzeler tenha nascido no Espírito Santo, no Brasil, ele escolheu a nacionalidade estadunidense. Isso aconteceu quando ele se mudou para o país antes da Telexfree ganhar notoriedade.
Por isso, em 2018, o Ministério da Justiça do Brasil decretou a perda da nacionalidade do empresário.
No Brasil e nos EUA, Wanzeler responde por diversas ações penais envolvendo a Telexfree. Nos EUA, ele é acusado de prática de crime de conspiração, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
Por conta disso, o país norte-americano pediu sua extradição para cumprimento de um mandado de prisão. Em setembro, o pedido foi concedido pelo STF.
Entretanto, como noticiou o CriptoFácil, a defesa entrou com recurso para suspender a decisão de 2018 que caçou a nacionalidade de Wanzeler.
Entretanto, o recurso foi indeferido. Agora, o empresário que fez mais de um milhão de vítimas em todo o mundo com a Telexfree deve ser, de fato, extraditado.
A decisão do dia 26 de novembro, publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (27):
“Recurso Administrativo Hierárquico interposto por CARLOS NATANIEL WANZELER, no sentido de que seja revogada a Portaria nº 90, de 14 de fevereiro de 2018, do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, publicada no Diário Oficial da União de 15 de fevereiro de 2018, (…), que declarou a perda da sua nacionalidade brasileira. Em face das informações, nego provimento. Em 26 de novembro de 2020.”