O Diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, John Ratcliffe, demonstrou seus temores a respeito do yuan digital.
Segundo o Washington Examiner, Ratcliffe escreveu à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês). A carta foi endereçada ao presidente da SEC, Jay Clayton.
EUA podem ter desvantagem com yuan digital
No documento, Ratcliffe fala sobre o temor de que o domínio da China na área de moedas digitais possa “colocar os EUA em desvantagem”.
Ratcliffe levantou dois fatos. O primeiro é de que mais da metade da energia global de mineração de criptomoedas está baseada na China.
O país asiático responde por 65% de todo o poder de processamento (hash rate) do Bitcoin.
Ele também alertou que o Banco Popular da China já está desenvolvendo sua moeda digital nacional. Ratcliffe se ofereceu para pedir a altos funcionários da inteligência econômica para informar Clayton sobre as questões.
Ratcliffe também disse ter anexado uma cópia de uma carta enviada a Clayton pelo senador norte-americano Tom Cotton.
O senador também defende regras mais flexíveis. Ele destacou a necessidade de uma “articulação mais clara de políticas” e orientação formal sobre moedas digitais.
Alertas se acumulam
Esta não é o primeiro alerta feito por Ratcliffe. No início de novembro, ele escreveu uma carta para Clayton no mesmo sentido.
Na ocasião, ele tentou pressionar a SEC para introduzir regras que permitiriam às empresas dos EUA serem mais competitivas.
Em 2019, o Facebook anunciou o lançamento de sua moeda digital, a Libra. Ela teria potencial de alcançar mais de dois bilhões de pessoas em todo o mundo.
No entanto, a moeda despertou a preocupação e perseguição de políticos norte-americanos. O CEO da Libra David Marcus alertou na ocasião: a proibição da Libra seria uma vitória para a China.
Segundo o Examiner, a SEC não respondeu se pretende trabalhar em conjunto com Ratcliffe e seu departamento.