A liderança da China em lançar sua moeda digital de banco central, ou CBDC, está pressionando o G7 a discutir o tema na reunião do grupo realizada nesta sexta-feira (4).
No encontro, as lideranças financeiras das principais economias do mundo irão abordar as regras envolvendo a emissão dessas moedas digitais. O objetivo é criar uma estrutura regulatória internacional.
Na reunião realizada em Londres, os ministros das finanças do G7 tentarão solucionar possíveis problemas decorrentes de moedas digitais emitidas pelos Estados.
A previsão é que novas regras para a iniciativa sejam anunciadas nos próximos meses.
G7 quer transparência com moedas digitais De acordo com o portal Nikkei Asia, a pressão agressiva da China para emitir seu yuan digital levantou preocupações de que isso poderia gerar uma nova zona econômica.
Consequentemente, essa nova estrutura poderia abalar o sistema monetário atual baseado no dólar dos Estados Unidos.
Além disso, um sistema em torno da moeda digital inviabilizaria os bloqueios e sanções dos EUA contra o país asiático.
Atualmente, a China é um dos países com o projeto de moeda digital mais bem encaminhado. O yuan digital começou a ser testado em diversos estados pela China em outubro do ano passado. A expectativa é que a CBDC chinesa seja lançada de forma oficial já em 2022.
Contudo, especialistas apontam que, com o yuan digital, a China passaria a ter acesso aos dados de transações dos cidadãos. E isso é visto com uma potencial arma para violação da privacidade dos usuários.
Nesse sentido, em sua reunião anterior, o G7 e os líderes de bancos centrais emitiram um comunicado exigindo transparência para emissão dessas CBDCs.
Paralelamente, foi criado um grupo de pesquisa composto por sete bancos centrais em conjunto com o Banco de Compensações Internacionais. Juntas, as lideranças delinearam os princípios básicos para as moedas digitais dos bancos centrais.
Um dos pontos diz que um banco central não deve comprometer a estabilidade monetária ou financeira com sua moeda digital.
Agora, a ideia é aprofundar as discussões em torno das CBDCs e desenvolver mais detalhadamente esses princípios.