Na última semana, noticiou-se que a exchange de criptomoedas Coinbase (SA:C2OI34)(NASDAQ:COIN), assim como várias outras, demitiu diversos funcionários devido à desaceleração do mercado cripto.
Acreditou-se, no primeiro momento, que as demissões e a interrupção nas contratações atrasariam o plano da exchange de se expandir para o Brasil.
No entanto, a empresa confirmou que a expansão para o país é uma de suas prioridades. Nesse sentido, disse que o cronograma inicial “não está atrasado”.
Coinbase chama mercado do Brasil de prioritário
Conforme informou a Coinbase, o “congelamento” das contratações se deu devido às condições atuais do mercado. No entanto, a sua expansão ao nível internacional “continua sendo uma prioridade chave”.
“Contrataremos de acordo com isso para apoiar as funções críticas da missão, incluindo conformidade e segurança”, explicou a Coinbase, em nota obtida pelo Exame.
Sobre sua chegada ao Brasil, a primeira exchange cripto a ter ações negociadas em bolsa definiu como “prioridade”:
“Adaptarmo-nos rapidamente. Agir agora nos ajudará a navegar com sucesso neste ambiente macro e emergir ainda mais forte, permitindo crescimento e inovação ainda mais saudáveis. O Brasil continua sendo um mercado prioritário para nós e estamos no caminho certo para nosso lançamento no país”, disse a empresa.
Conforme noticiou o CriptoFácil, a Coinbase planejava uma fusão com o Grupo 2TM, controladora da exchange brasileira, Mercado Bitcoin – que também demitiu dezenas de funcionários recentemente – como parte de seu plano de expansão para o Brasil.
Mas em maio deste ano, diante do esfriamento do mercado, o negócio foi desfeito.
Ações em baixa teria sido razão
Embora as razões para o fim do negócio não tenham sido reveladas, uma das hipóteses envolve o preço da transação. Nesse sentido, a queda de preço das ações da Coinbase – e do seu valor de mercado – teria levado à suspensão.
Segundo apurou o portal Broadcast, parte do valor da compra envolvia a troca de ações. Ou seja, o valor da fusão seria pago, em partes, em ações da exchange.
Mas, com a queda de 74% no ano e quase 81% desde o IPO, em abril de 2021, o negócio teria sido inviabilizado.
Além disso, a Coinbase perdeu a posição de segunda maior exchange do mundo. De acordo com dados do The Block, a FTX ultrapassou a Coinbase como a segunda maior exchange de criptomoedas do mercado no mês de maio.
Por outro lado, a exchange se tornou, em maio, a primeira empresa de criptomoedas a entrar na Fortune 500. Lançada em 1950, a lista Fortune 500 é um ranking anual das maiores corporações dos Estados Unidos por receita total para seus respectivos anos fiscais.
A maior exchange dos EUA conseguiu chegar a 437ª posição nesta 68ª edição, um marco para o mercado de criptoativos.