CriptoFácil - Cointrader Monitor (CTM) é um agregador de dados de exchanges brasileiras, no qual constam informações como volume de Bitcoins transacionados, valor Bitcoin e as taxas aplicadas por cada plataforma. O CTM também divulga periodicamente um relatório mensal sobre volumes das exchanges e, em sua mais recente publicação, a plataforma fez um resumo com os volumes de Bitcoin movimentados no Brasil em 2019.
Mais de R$10 bilhões Ao todo, o volume de 32 exchanges brasileiras foram coletados por meio de APIs. As exchanges analisadas foram: 3xBit, Acesso Bitcoin, BitBlue, BrasilBitcoin, BitCambio, Biscoint, bitPreço, Braziliex, BTCBolsa, Bitnuvem, Bitrecife, BitcoinTrade, BitcoinToYou, CoinBene, CriptoHub, Coinext, CryptoMKT, Citcoin, CointradeCX, e-juno/Latoex, flowBTC, Foxbit, MercadoBitcoin, Modiax, NovaDAX, NOX Bitcoin, New Cash, Omnitrade, PagCripto, Profitfy, Pitaia Trade e Walltime.
Quanto aos resultados, por meio dos dados submetidos pelas exchanges através de APIs – que, segundo o CTM, não passam por nenhuma espécie de filtro – foi possível verificar que o volume total de Bitcoin transacionado em exchanges brasileiras foi de 369.357,544 BTC. O valor em Bitcoin equivale a R$10.796.501.996,32.
Das 32 exchanges analisadas, o Mercado Bitcoin foi a plataforma que apresentou a maior dominância sobre o volume em 2019, com 115.842,623 BTC negociados – 31,36% de participação no mercado.
O dia com o maior volume transacional foi 26 de junho, com 5.070,38 BTC movimentados. Coincidentemente, este foi o dia em que o Bitcoin apresentou seu valor mais alto em 2019, quase tocando os US$14 mil – e em algumas regiões ultrapassando essa marca. Quanto à menor marca apresentada em termos de volume, a mesma foi exibida no dia 17 de novembro, quando apenas 113,43 BTC foram transacionados.
O CTM menciona que o volume transacional nas exchanges brasileiras está em queda desde o mês de maio, declinando progressivamente até o mês de dezembro, que exibiu a menor marca – 19.958,076 BTC. Segundo a equipe por trás da plataforma:
“As causas desse arrefecimento podem ser externas, decorrente de decisões de bancos internaciois, ou internas, resultado da instrução normativa RFB 1.888, cujos efeitos vigoraram a partir de agosto de 2019, ou até mesmo como consequência da perda de credibilidade das empresas do ramo de criptomoedas que estiveram envolvidas em litígio com seus clientes.”De acordo com o trecho acima, sugere-se que os diferentes problemas que investidores tiveram com plataformas envolvidas com criptomoedas – ainda que muitas delas não fossem exchanges – podem ter afetado a movimentação do mercado brasileiro de Bitcoin. Além disso, a Instrução Normativa 1888 da Receita Federal pode ter sido também um fator para redução do volume.