A principal concorrente da Bitmain, a Canaan, registrou um prejuízo líquido de R$ 30,6 milhões no primeiro trimestre de 2020.
Embora a empresa tenha reduzido o preço de seus equipamentos de mineração de Bitcoin, aparentemente isso não foi suficiente para evitar seu resultado negativo.
Assim, em um relatório de lucros divulgado recentemente, a empresa disse que faturou R$ 51,7 milhões em receita nos três primeiros meses deste ano. Desta forma, registrou um crescimento de 44,6% em relação ao ano passado.
No entanto, a empresa também incorreu em despesas de R$ 51.2 e R$ 32.5 milhões, em custos de mercadorias vendidas, pesquisa e desenvolvimento, respectivamente.
Duro prejuízo
Para essas receitas, a Canaan vendeu 0,9 milhão de terahashes por segundo (TH/s) do poder de computação do Bitcoin, o que significa menos de 1% do total atual da rede.
Isso significa que a Canaan reduziu os preços de seu hardware de mineração vendido nos primeiros três meses em mais de 50%, para apenas US$ 10 por TH/s.
Zhang Nangeng, CEO e Presidente de Canaan, explicou os resultados da empresa.
“A situação geral do mercado de dezembro do ano passado a janeiro não foi muito boa. Portanto, o preço por unidade de TH/s foi realmente mais baixo. E a logística na China continental basicamente parou no Ano Novo chinês devido à pandemia da COVID-19. Portanto, embora o preço do Bitcoin tenha aumentado consideravelmente em fevereiro e no início de março, a pandemia afetou consideravelmente nossas vendas”, destacou Nangeng.
Caixa da empresa foi duramente afetado
O relatório também mostra que, em 31 de março, a Canaan tinha um caixa equivalente a R$ 203 milhões, em comparação com R$ 391 milhões no final do ano passado.
“A queda ocorreu principalmente devido ao aumento dos investimentos de curto prazo, pois a empresa investiu R$ 173,4 milhões em investimentos de curto prazo até 31 de março de 2020”, destacou a empresa no relatório.
Zhang disse que a empresa fez parceria com a International Semiconductor Manufacturing Corporation. Além disso, fez alianças com a Samsung e a TSMC que, segundo a empresa, visam implantar equipamentos de mineração de Bitcoin com chips de 14 nm.
No entanto, a empresa se recusa a emitir uma perspectiva de negócios para o segundo trimestre de 2020. Desta forma, citando incertezas sobre a pandemia de vodcid-19 e o halving, a Canaan argumenta que não é possível prever o futuro.
“Esses fatos nos dão uma visibilidade muito limitada dos possíveis impactos em seus negócios e nos mercados em que atuamos”, finalizou.