Investing.com – A contagem regressiva para o evento de halving do bitcoin está em andamento, faltando apenas cinco dias. Um relatório recente da Bernstein aborda perspectivas e estratégias dos CEOs líderes no setor de mineração de bitcoin.
Apesar de uma queda de 15% no valor do bitcoin, desencadeada por tensões geopolíticas, a indústria mantém uma visão positiva em relação ao iminente halving, que cortará pela metade as recompensas de mineração.
O relatório indica que, após a queda de preço no fim de semana, o bitcoin se recuperou para US$ 65.000. Analistas veem esse patamar como atrativo para investidores que buscam pontos de entrada, desde que haja estabilidade geopolítica.
O CEO da CleanSpark (NASDAQ:CLSK) anunciou a aquisição de três locais no Mississippi por aproximadamente US$ 20 milhões. Paralelamente, a Marathon Digital Holdings Inc (NASDAQ:MARA) assegurou locais com capacidade de 590 MW, investindo cerca de US$ 265 milhões. Ambas as companhias seguem uma estratégia ativa de aquisição, com a MARA migrando de um modelo de ativos leves para uma abordagem de auto-mineração, visando melhorar a eficiência operacional e a rentabilidade.
O CEO da Riot Platforms (NASDAQ:RIOT) compartilhou que a empresa foca na expansão orgânica, com planos de implementar um local de 1 GW em Corsicana, alinhando sua capacidade com as metas para 2024 e 2025. O CEO da CLSK, por sua vez, pretende preencher uma lacuna de capacidade de 5 EH/s através de novas aquisições.
A indústria planeja dobrar sua capacidade até o final de 2024 para atenuar o impacto do halving nas recompensas de BTC. Equipamentos de mineração adquiridos antecipadamente a preços vantajosos e negociações favoráveis com fabricantes sustentam os planos de expansão da RIOT e CLSK, conforme relatado pelos CEOs.
Uma mudança significativa na rede bitcoin tem sido a introdução de novos aplicativos e soluções de segunda camada, aumentando as taxas da rede. Para os CEOs do setor de mineração de bitcoin, isso representa uma fonte de renda estável pós-halving, contribuindo para amenizar as flutuações do mercado.
Do ponto de vista financeiro, as principais empresas de mineração estão em boa posição, mantendo baixos níveis de dívida e evitando a alavancagem excessiva de seus equipamentos. Além disso, o aumento da atividade na blockchain está abrindo novos caminhos de receita para os mineradores, compensando a redução das recompensas de bloco pós-halving.
Contudo, as ações de mineração de bitcoin não têm acompanhado o desempenho da própria criptomoeda. No último mês, as ações caíram entre 15-22%, com analistas atribuindo essa queda ao redirecionamento da liquidez do varejo das ações de mineração para o bitcoin propriamente dito e ETFs.
O relatório também aponta para uma possível consolidação no setor de mineração após o halving, com grandes mineradores de balanços robustos e baixa dívida podendo adquirir empresas menores que enfrentam dificuldades para se adaptar à nova realidade econômica de recompensas de bloco reduzidas.
Empresas como RIOT e CLSK são destacadas por suas estratégias proativas de aquisição e expansão de capacidade, visando minimizar os efeitos do halving. A Bernstein observa que essas companhias estão bem posicionadas para se beneficiar de avanços tecnológicos, incluindo a integração de inteligência artificial, para otimizar suas operações.
Apesar dos desafios impostos pelo halving, o relatório sublinha que os principais mineradores estão preparados para enfrentar essas mudanças, com fluxos de receita diversificados e estratégias para capitalizar sobre a consolidação do setor que pode ocorrer após o evento.
Enquanto isso, os mineradores de bitcoin estão ampliando seu poder computacional para níveis recordes em antecipação ao ajuste de código que reduzirá significativamente seus lucros.
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