Petróleo dispara após sanções dos EUA contra gigantes petrolíferas russas
Investing.com — O dólar registrava leve alta nesta quarta-feira, refletindo a desaceleração da valorização do ouro e a queda da inflação britânica, que pressionou a libra esterlina.
Às 7 h de Brasília, o Índice do Dólar, que mede o desempenho da moeda dos EUA frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,15%, para 98,885, recuperando parte das perdas acumuladas na semana anterior.
Dólar ganha força antes da divulgação do IPC
A moeda americana manteve a tendência de alta ao longo da semana, à medida que as preocupações com a estabilidade do sistema bancário regional diminuíram e a correção acentuada do ouro na terça-feira ofereceu suporte adicional.
Segundo Francesco Pesole, analista do ING, “uma nova alta do dólar a partir deste ponto será difícil de justificar, a menos que os investidores encontrem motivos para reduzir as apostas em três cortes de juros do Fed até março. O fator mais plausível para uma reprecificação mais restritiva seria um resultado elevado do IPC na sexta-feira, o que não esperamos”.
O índice de preços ao consumidor de setembro será o primeiro indicador econômico oficial publicado desde o início da paralisação do governo em outubro.
As projeções apontam que a leitura anual do índice geral suba para 3,1%, ante 2,9% em agosto, enquanto o núcleo do IPC deve permanecer estável em 3,1%.
Libra recua após inflação britânica abaixo das expectativas
No mercado europeu, o GBP/USD recuava 0,4%, negociado a 1,3323, após a divulgação de dados que mostraram manutenção da inflação anual ao consumidor em 3,8% em setembro, abaixo dos 4% esperados.
“Nossa estimativa é que o patamar de 3,8% tenha representado o pico da inflação, e projetamos que o índice recue para 3,5% nos últimos três meses do ano, antes de cair de forma mais expressiva a partir de janeiro”, afirmou Pesole, do ING.
“Esses números, por si só, não devem reabrir a possibilidade de um corte de juros em novembro, mas aumentam a probabilidade de uma redução em dezembro. O Orçamento de Outono será determinante, pois um compromisso mais rígido com o ajuste fiscal pode ser o gatilho para um ‘corte de Natal’.”
O Banco da Inglaterra manteve a taxa básica em 4% em sua reunião de setembro, o menor nível em mais de dois anos, após iniciar 2025 em 4,75%. O governador Andrew Bailey destacou, na ocasião, que o país “ainda não está fora de perigo” quanto à inflação, e que futuros cortes precisarão ocorrer de maneira “gradual e cautelosa”.
A próxima decisão sobre política monetária está prevista para 6 de novembro.
O EUR/USD operava em leve baixa de 0,1%, a 1,1592, depois que a Casa Branca anunciou, na noite de terça-feira, a suspensão da cúpula planejada entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, após Moscou rejeitar pedidos de cessar-fogo imediato.
“Esses eventos justificam a postura extremamente prudente dos mercados diante das expectativas de trégua na Ucrânia. Continuamos acreditando que uma reação mais expressiva exigirá avanços concretos, e não mera especulação”, afirmou Pesole.
Iene recupera parte das perdas
No mercado asiático, o USD/JPY recuava 0,1%, a 151,83, com o iene japonês revertendo parte das perdas após cair cerca de 0,8% na sessão anterior, em reação à confirmação de Sanae Takaichi como a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Japão.
Takaichi é vista como defensora de políticas fiscais expansionistas e deve promover novos estímulos e gastos públicos, ao mesmo tempo em que se opõe a elevações adicionais das taxas de juros pelo Banco do Japão.
A especulação em torno de seu mandato, desde que foi eleita líder do Partido Liberal Democrático em setembro, havia pressionado o iene nas últimas semanas.
O USD/CNY registrava leve alta para 7,1244, enquanto os investidores aguardavam mais informações sobre as tensões comerciais entre Pequim e Washington. Alguns comentários de autoridades americanas, contudo, renovaram expectativas de que uma nova rodada de tarifas possa ser evitada.
O AUD/USD avançava 0,2%, cotado a 0,6502.