Ação da B3 escolhida por IA avança 7% na semana; alta no ano acima de 200%
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar oscilava nesta quinta-feira em leve baixa no Brasil, alinhado ao recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes no exterior, onde investidores seguem à espera dos dados de inflação dos Estados Unidos na sexta-feira.
Às 10h00, o dólar à vista caía 0,16%, aos R$5,3888 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento cedia 0,31%, a R$5,3970.
No exterior o dólar também exibia perdas ante moedas pares do real, como o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano, mas subia ante divisas fortes como o iene e a libra.
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes -- subia 0,09%, a 99,018.
Internamente, destaque para as declarações dadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita à Indonésia, afirmando que disputará a reeleição no ano que vem, em busca de um quarto mandato na Presidência.
"Eu vou completar 80 anos, mas pode ter certeza que eu estou com a mesma energia de quando eu tinha 30 anos de idade. E vou disputar um quarto mandato no Brasil", disse Lula, ao lado do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto.
Em outro momento, em discurso durante Fórum Empresarial Indonésia-Brasil, Lula fez críticas ao "receituário neoliberal", que segundo ele foi incapaz de conter turbulências no mundo desenvolvido, e disse que não pretende reproduzir no Brasil a condição de mero exportador de commodities.
Lula disse ainda que o Brasil vai propor, durante a cúpula climática das Nações Unidas COP30, que o uso de combustíveis sustentáveis seja quadruplicado.
Como em sessões anteriores, porém, o dólar oscila em margens bastante estreitas ante o real nesta manhã de quinta-feira, com investidores à espera de dois eventos externos: a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, na sexta, e a decisão de juros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, na quarta-feira que vem.
"Se o CPI não vier mais forte amanhã e com corte de juros pelo Fomc na próxima quarta-feira, não seria surpresa o real voltar a subir e (o dólar) se aproximar de R$5,30 novamente", avaliou o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em comentário enviado a clientes.
Durante participação no fórum na Indonésia, também nesta quinta-feira, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a autoridade monetária está "bastante incomodada" com a inflação e as expectativas de inflação fora da meta, embora esteja havendo um processo de desinflação.
Galípolo também reforçou a ideia de que a taxa básica Selic, hoje em 15% ao ano, seguirá restritiva por um período prolongado para conter a inflação. Ao mesmo tempo, não fez previsões sobre quando a inflação pode atingir a meta, que é de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.
