A pandemia do coronavírus afetou seriamente muitos clubes no Brasil. São dívidas acumuladas, possível redução de verbas de direitos de transmissão, queda nas receitas com vendas de ingressos e diversos outros impactos.
Mas esse cenário de crise pode ser uma boa porta de entrada para o mercado de criptomoedas.
É o que acredita o especialista em marketing e inovação e autor do livro “Inovação é o Novo Marketing”, Bruno Maia.
De acordo com o ex-vice-presidente de marketing do Vasco da Gama, tanto os clubes quanto as empresas de moedas digitais podem ganhar com essa eventual união.
Futebol e criptomoedas
Em entrevista à EXAME, Maia destacou que acredita que os clubes podem assumir o protagonismo na popularização da tecnologia blockchain no Brasil.
E, segundo ele, uma possível queda de receita nas próximas temporadas pode abrir novas oportunidades de negócio.
Conforme explicou Maia, está em andamento uma tentativa de pôr fim ao monopólio da TV Globo no que diz respeito aos direitos de transmissão dos jogos de futebol.
Com isso, deve haver uma redução de receitas que, segundo o especialista, tem potencial para ser desastrosa.
“Mas isso abre espaço para modelos inovadores de parceria. O futebol está quebrado, sem capacidade de inovar em fontes de receita. Mas tem um ativo valioso que são os dados. O torcedor se entrega. E se tem algo que o mercado de criptoativos sabe usar a seu favor, é isso”, observou.
Torcida pode ajudar
Maia ainda ressaltou que o mercado de criptomoedas e blockchain está em um momento de conquistar novos usuários.
Portanto, segundo ele, entrar no mercado de futebol faz sentido. Afinal, desse movo é possível gerar leads e atingir novos públicos e usuários.
Como exemplo, citou o caso da parceria entra a exchange Mercado Bitcoin e o Vasco. Maia explicou que os torcedores aderem por paixão ao clube.
Entretanto, torcidas de outros clubes também podem aderir às iniciativas se perceber benefícios nisso, como ganhos financeiros.
“E, claro, faz sentido para o clube, que recebeu 10 milhões de reais ao invés de 5 milhões do antigo patrocinador”.