O crescimento acelerado do ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi) trouxe consigo o surgimento de muitos agentes mal-intencionados. Eles procuram tirar vantagem da tendência e enganar usuários desavisados.
Foi o que afirmou Pablo Candela, responsável pelo Suporte Técnico da Aave, uma das empresas DeFi com maior capital atualmente.
Ele expressou sua opinião sobre o mercado durante uma participação no podcast En Consenso, do CriptoNoticias.
Na ocasião, ele afirmou que, embora alguns mecanismos DeFi possibilitem bons lucros aos seus utilizadores, isso não a torna uma atividade isenta de riscos e suscetível de ofertas enganosas.
DeFi é campo para golpes?
Portanto, o membro da equipe Aave recomendou ao público nunca colocar dinheiro em um protocolo que não foi exaustivamente testado. Ou seja, que não é totalmente confiável e comprovado.
Além disso, considerou que existem cuidados básicos a serem tomados bem como cenários que devem ser evitados a todo custo.
“Ninguém jamais entrará em contato com você oferecendo dinheiro grátis, a menos que seja uma farsa”, disse ele.
Nesse sentido, o especialista convidou os usuários a serem mais críticos em relação às plataformas que lhes são apresentadas e que avaliem todos os aspectos antes de investir.
“Normalmente o que é bom demais para ser verdade, provavelmente não é verdade”, disse.
Fraudes não são incomuns
Como exemplo, ele citou o Yfdexf.Finance que foi criado com a intenção de fraudar diretamente seus usuários.
Seus criadores desapareceram com cerca de 20 milhões de dólares investidos naquele DeFi.
Mas não se trata apenas de golpes, o lançamento apressado de muitos contratos inteligentes para criar um novo DeFi levou ao lançamento de plataformas defeituosas que foram facilmente hackeadas.
Há exemplos negativos muito recentes em torno de DeFi.
Por exemplo, o Eminence, um projeto com uma vulnerabilidade que foi explorada poucas horas após o seu lançamento. Neste caso, um total de R$ 75 milhões foi roubado por um hacker.
Já o DeFi bZx foi atacado três vezes este ano, com R$ 50 milhões em perdas.