Um dentista de 32 anos está sendo investigado por aplicar golpes envolvendo Bitcoin e jogos de pôquer no Distrito Federal. Segundo investigações da Polícia Civil do DF, o homem teria movimentado um total de R$ 5 milhões.
De acordo com uma matéria da UOL, publicada em 26 de julho, pelo menos oito empresários foram vítimas do suposto investidor em Bitcoin.
O dentista levava uma vida de luxo em Brasília e ostentava uma Ferrari avaliada em quase R$ 1 milhão. Agora, depois de aplicar os golpes, a polícia afirma que o dentista está em Orlando, nos Estados Unidos.
Entenda o golpe
Uma das vítimas do dentista afirmou que foi procurada por ele em abril de 2019 quando jogava pôquer com amigos em comum.
Assim, o empresário conta que foi convencido a apostar no talento do suposto investidor com o jogo. Depois disso, a promessa era investir o dinheiro através de variação cambial de dólar, euro e Bitcoin.
Desta forma, o dentista garantia um retorno de 8% a 15% ao mês.
Portanto, a vítima transferiu para o dentista, inicialmente, R$ 100 mil. No entanto, segundo o investigado, a suposta rentabilidade desse primeiro investimento seria usada para amortizar o valor principal.
Em seguida, a vítima alega que foi convencida a aplicar mais dinheiro para ter seu investimento de volta com juros. Por isso, entre abril de 2019 e janeiro de 2020, o empresário afirma ter transferido ao dentista R$ 780 mil.
Além disso, como parte do esquema, o investigado ainda pedia que o empresário indicasse outras pessoas. Assim, ele conseguiria pagar o capital aportado inicialmente mais os juros.
Outra vítima que ainda não apresentou uma denúncia formal conta que o dentista comprou a Ferrari depois que ele transferiu R$ 760 mil.
Mais dois empresários também dizem ter investido R$ 300 mil e R$ 600 mil na suposta pirâmide. Eles informaram ainda que o esquema quebrou no mês de junho. Já que o investigado parou de pagar as parcelas dos investidores e fugiu.
Esquema de pirâmide
De acordo com a investigação, trata-se de um caso contra a economia popular. Entretanto, dependendo do andamento, pode ser enquadrado como estelionato.
O delegado responsável pelo caso, Sérgio Bautzer, da 19ª Delegacia de Polícia afirmou que este é mais um caso de pirâmide.
“Nesse esquema, o golpista tira dinheiro de umas pessoas e passa para outras, movimentando altos valores e dando a impressão de que é um negócio de alta rentabilidade. Você tem um produto que não existe e ninguém liga para isso, porque só querem saber da alta rentabilidade”, detalhou o delegado.