Por Simon Evans
ZURIQUE (Reuters) - O presidente que está de saída da Fifa, Joseph Blatter, quer que a Europa volte a colocar limites mais rígidos para jogadores estrangeiros, dizendo que cada clube deveria ter seis jogadores em sua formação inicial elegíveis para a seleção nacional.
Ainda que a legislação da União Europeia considere tais limites como discriminação por nacionalidade, Blatter acredita que se pode copiar da recente decisão da Rússia de ter cinco jogadores elegíveis para a seleção em campo nas partidas da liga.
"Na minha opinião, este cenário também permanece aberto para a Europa ocidental", escreveu o suíço em sua coluna semanal da Fifa.
"Com um pouco de boa vontade, poderemos assumir novamente a ideia de cotas de jogadores estrangeiros e considerar seriamente sua aplicação", acrescentou.
Blatter destacou que a Federação de Futebol da Inglaterra teve muito interesse em abordar a escassez de talentos nacionais na Liga Inglesa e disse que sua tentativa anterior de trazer uma regra "6+5", abandonada em 2010, pode ser viável.
"Na Inglaterra, em particular, a questão segue sendo um tema de muita discussão. Para que a seleção seja capaz de competir de novo no mais alto nível, uma certa 'conservação' dos jogadores nacionais é indispensável", disse.
Blatter deixará o cargo quando o novo presidente da Fifa for eleito, em 26 de fevereiro.