O primeiro ETF 100% de Bitcoin (BTC) da América Latina, o QBTC11, atingiu uma importante marca na segunda-feira. A cota do fundo superou a cotação dos R$ 20 e, com isso, dobrou de preço desde seu lançamento.
Lançado em 23 de junho na B3 (SA:B3SA3), o fundo pertence ao portfólio da QR Capital. O produto levou pouco mais de três meses para superar esta marca história.
Agora, a valorização do ETF acumula alta superior a do próprio BTC, que registra alta de 94% em 2021. Como resultado, o fundo também superou a marca de R$ 200 milhões em ativos sob gerenciamento. De acordo com dados da gestora, o QBTC11 também possui 642 BTC sob custódia.
Valorização reflete demanda
O QBTC11 foi o primeiro ETF de criptomoedas lançado pela QR e, conforme dito anteriormente, o primeiro do tipo lançado na América Latina. Devido ao sucesso do produto, a gestora lançou em agosto o QETH11, ETF 100% de Ether (ETH).
De maneira idêntica ao QBTC, o QETH também acumula valorização positiva desde o lançamento. Até o momento da escrita deste texto, a cota do fundo acumula 35% de alta, enquanto a ETH registra 252% de valorização no ano.
Para Fernando Carvalho, CEO da QR Capital, a aceitação do mercado ao ETF comprova que o acesso descomplicado ao BTC era uma necessidade real dos investidores.
“Oferecer exposição segura e acessível de qualquer home broker a essa classe de ativos realmente abriu portas para os investidores, tanto de varejo quanto institucionais. Sendo um produto líquido e descorrelacionado, o QBTC11 é uma forma de diversificação de portfólio”, explica.
Por meio dos ETFs, investidores conseguem obter uma exposição segura a determinados ativos. Além disso, a custódia dos BTC fica a cargo da própria gestora, retirando esta obrigação dos gestores.
Ao mesmo tempo, o Brasil segue pioneiro entre os países das Américas que possuem ETFs do tipo. Somente o Canadá e Bermuda lançaram ETFs antes dos brasileiros. Por outro lado, os Estados Unidos ainda seguem na busca de aprovar o primeiro fundo do tipo.