Os Estados Unidos estão oferecendo uma recompensa de até US$ 5 milhões, ou seja, mais de R$ 26 milhões, para quem tiver informações sobre o superintendente de criptoativos da Venezuela, Joselit de la Trinidad Ramírez Camacho.
O anúncio de recompensa foi divulgado nesta segunda-feira (1). De acordo com uma matéria da agência de notícias AFP, o governo americano incluiu em seu registro sobre fugitivos por lavagem de dinheiro e evasão de sanções financeiras o nome do funcionário do governo de Nicolás Maduro.
Assim, o nome de Camacho passa a integrar o Programa Transnacional de Recompensa ao Crime Organizado do Departamento de Estado. Além disso, conforme revelou o Departamento de Segurança Interna, Camacho também foi incluído na lista dos mais procurados pelo Serviço de Imigração e Fiscalização Aduaneira.
Medida visa combater criminalidade no governo Maduro
Segundo o departamento, a ação tem o objetivo de acabar com a corrupção e a criminalidade ligadas ao governo Maduro.
Para o secretário de Estado Mike Pompeo, “o povo venezuelano merece um governo que escolheu livremente e cujos funcionários não conspiram com seus associados para cometer crimes de roubo contra o povo da Venezuela, incluindo lavagem de dinheiro para esconder o produto dessas atividades ilegais”.
Por sua vez, o chefe da diplomacia dos EUA reafirmou, em um comunicado, o comprometimento da capital dos EUA em “ajudar os venezuelanos a restaurar sua democracia através de eleições presidenciais livres e justas”.
“Roteiro hollywoodiano medíocre”
A chancelaria da Venezuela, por outro lado, foi enérgica ao afirmar, também em um comunicado, que os anúncios de Washington têm o objetivo de perseguir Ramírez Camacho. Segundo o departamento, as acusações dos EUA são infundadas e “extraídas de um roteiro hollywoodiano medíocre”.
“É evidente que em meio a protestos massivos (…) e em meio à sua crise humanitária mais profunda em um século que fez mais de 100.000 vidas, o governo de Donald Trump busca distrair a atenção da opinião pública reforçando suas práticas ilegais e coercitivas contra a Venezuela”, enfatizou a chancelaria.