Conforme noticiado pelo UOL no dia 09 de fevereiro, alemães e pessoas de outras partes do mundo estão financiando as atividades de extremistas islâmicos atuando na Síria por meio de moedas fiduciárias e Bitcoin.
Segundo a publicação, que cita como fonte o jornal alemão Deutsche Welle, o financiamento é feito por meio de um homem na Turquia que recebe as transações.
Criptomoedas e financiamento de causas terroristas
Patrocinadores turcos são os principais financiadores do último refúgio de extremistas islamistas na Síria, chamado Idlib. De acordo com a reportagem da UOL, descobriu-se que cerca de 60 alemães também estão auxiliando no financiamento e apoio moral da causa rebelde.
Contudo, não são fornecidos dados detalhados de quanto já foi enviado em moedas fiduciárias e quanto já foi recebido pelo P2P turco em Bitcoin. Além disso, a escolha de Bitcoin é um pouco questionável, uma vez que a criptomoeda não tem foco em manter a privacidade das transações.
Segundo um estudo realizado pela Chainalysis e publicado em janeiro deste ano, o uso de criptomoedas no financiamento de causas terroristas ainda é muito novo. Contudo, o crescimento do uso de criptomoedas com este fim tem sido rápido, estando cada vez mais sofisticado.
Mas não só o P2P turco é responsável por processar pagamentos em Bitcoin para financiar causas do grupo extremista. Conforme relatou o The Daily Beast em outubro de 2019, os terroristas estavam promovendo uma empresa chamada {0|Bitcoin}} Transfer, em idiomas como francês, inglês, alemão e árabe.
“Você quer receber dinheiro da Europa, Arábia Saudita, Ásia, África e Américas e não quer meios inseguros para transferir o dinheiro? BITCOIN TRANSFER é a solução.”
Desta forma, cabe razão às descobertas feitas pela Chainalysis sobre o financiamento de causas terroristas com criptomoedas. Apesar dos valores ainda serem baixos em comparação às moedas fiduciárias, esta indústria ilícita tem crescido de forma acelerada.