A Fidelity Investments protocolou na quarta-feira (24) um pedido para abertura de um ETF de Bitcoin. O documento foi enviado para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
Intitulado Wise Origin Bitcoin Trust, ele seguirá o desempenho diário do Bitcoin. A referência do ETF será o Fidelity Bitcoin Index PR, índice criado pela própria Fidelity.
“O Fundo fornece exposição direta ao Bitcoin, e as Ações são avaliadas diariamente usando a mesma metodologia usada para calcular o Índice”, afirmou a gestora.
A Fidelity escolheu o estado de Delaware como local de incorporação do fundo. Já a gestão ficará a cargo da divisão de ativos digitais da gestora.
Grandes gestores buscam ETF de Bitcoin
Com US$ 4,9 trilhões de ativos sob gestão – equivalente a R$ 20 trilhões na cotação atual, a Fidelity é uma das maiores gestoras do mundo. E a empresa busca consolidar suas atividades com criptomoedas.
Em 2019, a empresa lançou um serviço de custódia de Bitcoin voltado para grandes investidores. Já no final do ano passado, começou a aceitar a criptomoeda como garantia para empréstimos.
A Fidelity diz que os investidores podem acessar o fundo por meio de uma conta de corretora tradicional. Como outros ETFs de Bitcoin propostos, o Fidelity Trust se destina a facilitar o investimento institucional em criptomoedas.
“Com o Wise Origin, os investidores poderão se expor ao Bitcoin sem enfrentar barreiras potenciais à entrada ou riscos envolvidos em manter ou transferir Bitcoin diretamente”, disse a gestora.
Na semana passada, o banco Goldman Sachs entrou com um pedido de um novo ETF que inclui a opção de se expor ao Bitcoin.
“Nosso fundo pode ter exposição a criptomoedas, como Bitcoin, indiretamente por meio de um investimento em um fundo de concessão”, disse o prospecto.
Agora, o pedido da Fidelity precisa ser aprovado pela SEC. Caso isso aconteça, a autarquia terá até 45 dias para decidir se autoriza a criação do fundo.
EUA buscam recompor atraso
As instituições dos EUA buscam recuperar o atraso em relação aos ETFs de Bitcoin. O vizinho Canadá, por exemplo, já possui dois ETFs negociados em bolsa.
Mesmo o Brasil passou à frente dos norte-americanos neste quesito. Só na semana passada foram aprovados dois ETFs, geridos pela Hashdex e pela QR Management, respectivamente.
A comissária da SEC, Hester Peirce, é uma das principais defensoras de um ETF de Bitcoin. Para ela, os EUA poderão ficar para trás nesse mercado caso o ETF não seja aprovado.