A empresa de derivativos FTX é a mais nova companhia a entrar no mercado de finanças descentralizadas (DeFi). Ela anunciou a criação de uma exchange descentralizada (DEX) construída através da blockchain Solana.
Apelidada de Serum (SRM), a iniciativa pretende oferecer uma DEX que seja escalável e líquida, com foco no mercado de derivativos. Sobretudo, ela pretende “resolver algumas das vulnerabilidades e limitações estruturais no mercado DeFi”.
Mais escalabilidade dentro da blockchain
Aparentemente, a Solana é capaz de processar 50.000 transações por segundo. Para efeito de comparação, a Ethereum (ETH) atualmente processa 15 transações por segundo, e o Bitcoin, apenas 7.
De acordo com o whitepaper da SRM, sua alta escalabilidade permite a execução de uma carteira de pedidos on-chain. Por conta disso, a liquidez da bolsa será muito mais ampla e melhorada.
A SRM será totalmente integrada com a Ethereum, para que possa explorar o espaço existente da DeFi, e, assim, aproveitar o crescimento exponencial do setor. Recentemente, o valor de mercado das DeFi ultrapassou os US$ 4 bilhões (R$ 20 bilhões) no fim de semana.
Novidade impulsiona preço de mais um token
A bolsa também oferecerá um token lastreado no Bitcoin, permitindo que os usuários negociem o criptoativo de forma indireta, dentro da Solana.
Outros projetos como o Kin, que começou no Ethereum, analisaram a migração para Solana por causa do melhor potencial de escala.
Desde sábado, o preço do token “SOL”, nativo da Solana, quase dobrou, saindo de US$ 0,99 (R$ 4,95) para US$ 1,90 (R$ 9,50), segundo o CoinGecko. Paralelamente ao Serum, a FTX anunciou que havia listado a SOL em sua exchange principal.
Um porta-voz da FTX disse à CoinDesk que serão os usuários que decidirão os produtos comercializados no Serum. O porta-voz acrescentou que o Serum poderia ir ao ar nas próximas semanas.
O crescimento das negociações em DeFi podem vir a aumentar a demanda por mais exchanges. Recentemente, o próprio CEO da FTX argumentou que isso pode ser o início de uma revolução nas novas finanças – ou, então, uma nova (velha) bolha.