Nesta segunda-feira (1º), a Coinfirm divulgou um relatório revelando o desvio de quase US$ 10,5 bilhões em criptomoedas em 2020. Em reais, a quantia ultrapassa R$ 59 milhões.
Fraudes e golpes lideram o ranking, com 67,8% dos casos, o dobro de 2017 — última alta do mercado de criptoativos.
Além disso, a lista também é composta por vendas de drogas ilícitas, hacks, violação de sanções, financiamento ao terrorismo, ransomware e chantagens.
Ainda segundo a pesquisa, o número de casos relatados pode chegar representar apenas 50% do total.
Ações fraudulentas
O portal Scam Alert, que lista crimes com criptomoedas, indicou os 10 maiores golpes ainda ativos. Dentre eles estão um malware que roubou 1.400 Bitcoins e uma exchange falsa, chamada Paragon Finance.
O Paragon Finance, por sua vez, está ligado a outros golpes de investimento falso.
Trata-se do modelo de golpe comumente aplicado no Brasil entre 2018 e 2020, no qual uma empresa oferece rendimentos estratosféricos e afirma possuir uma exchange própria.
Hackers preocupam o mercado
Apesar de hacks não liderarem a pesquisa, ações lideradas por hackers black hat preocupam a Coinfirm.
A empresa de análise defende que, apesar de não liderarem as ameaças, os mesmos desenvolvem softwares para roubo de criptomoedas.
Essa atividade rendeu aos contraventores mais de US$ 1 bilhão entre 2019 e 2020, o que eu reais supera R$ 5,6 bilhões na cotação atual do dólar.
Terrorismo e as criptomoedas
Apesar de críticos das criptomoedas demonstrarem preocupação em relação ao uso de criptomoedas para financiar causas terroriastas, o número foi muito baixo.
Apenas 0,1% das transações apontadas no relatório da Coinfirm representam relação entre moedas digitais e esses grupos.
Janet Yellen, Secretária do Tesouro dos Estados Unidos falou no dia 19 de fevereiro sobre sua preocupação quando se fala em criptomoedas. Para Yellen, é necessário que o uso de moedas digitais em viabilização de causas terroristas seja discutido entre governos.