Em meio a debates políticos em torno da sustentabilidade, duas empresas brasileiras adotaram um token brasileiro lastreado em crédito de carbono.
O banco digital C6 Bank e o iFood aderiram ao token MCO2, da MOSS. O criptoativo representa frações de compensação de carbono que são geridas em projetos de preservação ambiental.
Como noticiado pelo Cointelegraph Brasil, a parceria com a fintech já está em andamento desde 2020 e apresentou resultados satisfatórios. Já a startup de delivery pretende lançar seu programa piloto nos próximos dias.
A companhia focada em soluções ambientais estima que seu token verde possa valorizar em até 550% nos próximos anos.
C6 Bank zera pegada de carbono
A negociação pelo MCO2 zerou a pegada de carbono do C6 Bank durante o período de parceria com a MOSS.
Antes de iniciar o projeto, o banco realizou uma análise do volume de CO2 gerado pela empresa. Segundo o levantamento, a instituição emitiu cerca de 475 toneladas de carbono apenas no ano passado.
Após a MOSS apresentar os projetos assistidos, o C6 Bank optou por converter o token em créditos de carbono na proteção da Fazenda Fortaleza do Ituxi, na Amazônia.
A área de proteção atende a produção de açaí e castanhas pela população local. Além disso, administra programas de energia solar.
Para Alexandra Pain, head de marketing e impacto social do banco, a iniciativa possibilita que o grupo zere sua emissão de CO2 no planeta com a ajuda da tecnologia.
“Investindo indiretamente no plantio de árvores, no uso de energia renovável ou no combate ao desmatamento é uma forma de evitar os efeitos das mudanças climáticas”, analisa a executiva.
Diante dos resultados promissores, o C6 Bank demonstrou interesse em repetir a parceria no futuro.
iFood adere projeto em blockchain
Diferente do C6 Bank, o iFood ainda não converteu o token MCO2. No entanto, já adiantou qual será o projeto gerido.
De acordo com a empresa de delivery, a compensação ambiental do grupo será por meio do projeto Regenera. O programa defenderá, a princípio, duas causas.
Primeiro, colocar um fim na poluição de plástico gerado nas entregas dos estabelecimentos cadastrados na plataforma. Depois, o iFood também planeja neutralizar sua emissão de carbono até 2025.
Além disso, uma parcela do aporte financeiro de R$ 100 milhões será destinada ao reflorestamento e a preservação ambiental administrados pela MOSS.
“Esse é um projeto extremamente ambicioso e inovador. Acreditamos que teremos muito aprendizado no meio do caminho e queremos ter sempre essa conversa aberta com os experts que nos ajudaram no início para saber se estamos no caminho correto, se o que estamos fazendo é suficiente ou se precisamos de algo mais”, pontuou o vice-presidente de pessoas e soluções sustentáveis da companhia, Gustavo Vitti.
Valorização de token verde
O token MCO2 já enviou à Amazônia mais de US$ 13 milhões para auxiliar na preservação da floresta.
Atualmente, o ativo digital está cotado a R$ 80,85. No entanto, a MOSS aposta que o criptoativo alcance a valorização de 550% nos próximos anos.
A expectativa baseia-se no aumento do preço do crédito de carbono, já sinalizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).