A atmosfera em torno dos recentes reajustes do Bitcoin não tem intimidado os investidores de criptomoedas. Ao menos é o que defendeu Rakesh Upadhyay ao Cointelegraph na quinta-feira (22).
De acordo o analista, a desaceleração do preço do Bitcoin e a queda de sua dominância, que chegou a 49,5% — menor nível desde agosto de 2018, impulsionaram a compra de um grupo de altcoins.
Upadhyay observou que Chainlink, Band e Qtum registraram novas compras após o BTC retomar para a marca de US$ 50 mil. Neste cenário, o especialista traça novas análises de alta.
Chainlink (LINK)
Para Upadhyay, a Chainlink é uma das “soluções de oráculos descentralizados mais populares”, detendo um potencial de crescimento.
Atualmente cotada a US$ 32,75, a LINK registrou um aumento de 97,87% no volume de negociações nas últimas 24 horas.
Em 15 de abril, a rede divulgou a Chainlink 2.0. Neste dia, a moeda digital subiu para US$ 44,40.
A nova arquitetura do ecossistema apresenta contratos inteligentes híbridos, chamadas de redes de oráculos descentralizados. A atualização também computa e armazena dados fora de cadeia antes de alimentar a entrada na blockchain.
Além disso, a Chainlink foi adicionada ao fundo de criptomoedas da Grayscale no início do mês.
”Desde então, investidores estão acumulando a criptomoeda e lutando para manter sua média móvel exponencial de 20 dias acima de US$ 35”, disse o analista.
Upadhyay especula que seu valor de mercado alcance US$ 55,72, caso rompa sua zona de resistência — equivalente a R$ 303,08.
BAND
Em apenas 2 meses e meio, o protocolo Band valorizou 109%. Sua máxima foi registrada em 15 de abril, quando a criptomoeda alcançou a marca de US$ 23,30, cerca de R$ 126,74.
Neste mesmo dia, a rede da moeda digital anunciou ter disponibilizado no Google Cloud Public Data os dados de seus oráculos para uso livre. Upadhyay enxerga a ação como um “passo” para integração de empresas tradicionais e plataformas em blockchain.
O analista também pontua que as parcerias anunciadas em março podem ter ajudado no seu crescimento. Recentemente, a rede disse atuar como validadora de nós para a SCB 10X.
Flutuando entre US$ 11,30 e US$ 20,62, a Band é negociada por US$ 14,57 no momento da escrita desta matéria.
Além disso, Upadhyay disse que os “investidores tentaram romper a área de resistência nos dias 15 e 16 de abril”, contudo, não conseguiram ultrapassá-la.
Outro dado observado é a compra em massa na correção do dia 18 de abril. O analista acredita que, caso a média móvel e o RSI se mantenham acima do ponto médio, novas altas podem acontecer.
“Um rompimento e um fechamento acima de US$ 21 podem abrir as portas para a retomada da tendência de alta. O próximo alvo positivo pode ser US$ 29,74”, ponderou.
QTUM
A terceira criptomoeda analisada por Upadhyay é a QTUM. Embora esteja cotada a US$ 11,83, cerca de R$ 64,35, a moeda digital detém um crescimento de 89,24% no volume de negociação nas últimas 24 horas.
Além disso, a criptomoeda valorizou mais de 170% em pouco mais de 2 meses. Alcançando o valor de US$ 20,72 no dia 19 de abril.
Upadhyay atribui parte desse crescimento aos recentes anúncios da rede. Em março, foi informado que o protocolo iria oferecer contratos inteligentes para Filecoin e que o ecossistema disponibilizaria tokens não fungíveis (NFTs, sigla em inglês) em breve.
Outra novidade — embora ainda não concluída — é a transição média do bloco de 128 segundos para o bloco de 32 segundos. A ação deve ocorrer no final deste mês.
Para Upadhyay , as métricas sinalizam que investidores tentam defender uma média móvel acima de US$ 15.
“Uma forte recuperação deste suporte indicará que o sentimento permanece positivo e que investidores estão acumulando em baixas. Os compradores provavelmente tentarão empurrar o preço para US$ 18,63 e, em seguida, US$ 20,72. O rompimento dessa resistência sinaliza a retomada da tendência de alta”, conclui o analista.